19 de março de 2007

A breja do aquecimento global

O degelo do Pólo Norte certamente irá afetar o nível dos oceanos. Enquanto os alarmes do aquecimento global soam, dois empresários da Groelândia resolveram a aproveitar a pureza da água dos icebergs para fazer cerveja. Localizada a 600 quilômetros do Círculo Polar Ártico, a cervejaria Greenland Brewhouse utiliza os pescadores locais para pegar os pedaços de gelo no mar. Os donos do negócio garantem que usam apenas gelo que se soltaram dos icebergs - o que libera a consciência dos ambientalistas na hora do consumo. Por enquanto, a cerveja é vendida em duas versões, a pale ale e a brown ale, com 5,5º de teor alcoólico.


14 de março de 2007

Companheiros de copo

A concorrência no mundo dos blogs é parceira. E todo mundo merece ter sua lista de favoritos sempre bem abastecida, com espuma na medida certa.

Aproveito para indicar a todos o blog Cerveja Só, espaço de primeira mantido pelo "cervejeiro" e jornalista da Revista Época, Ricardo Amorim. Uma nota recente ali, por exemplo, contou que a Ambev vai trazer outras marcas gringas para o Brasil, antes mesmos de os jornais publicarem a notícia. No ar desde de janeiro, o endereço sempre tem novidades sobre o mundo das brejas, além de dar dicas de alguns botecos.

Outras dicas são o blog Pé Sujo, do Juarez Becoza, que precisa ser lido por qualquer um que for ao Rio de Janeiro e quiser conhecer um botequim autêntico, e o Tasca, um monte de posts etílicos direto de Portugal.

8 de março de 2007

Profissional ou amador

Antes de abandonar os copos, o escritor Mario Prata era freqüentador assíduo do Pé pra Fora, do Dona Felicidade e do Balcão, bares paulistanos de primeira linha. Sua larga experiência entre tulipas de chope e copos de uísque fez com que ele se tornasse doutor quando o assunto é bebedeira. É dele o texto abaixo, publicado em seu site (http://www.marioprataonline.com.br/).

Sim, minha amiga, existem os amadores e os profissionais. E são facilmente reconhecidos. Pra começar o profissional está sempre penteado. Despenteou, esteja certa de estar diante de um bêbado amador.

O amador é chato. E não tem exceção. Ele pode até não ser chato quando sóbrio. Mas passou de terceira dose, é dose.

Não sei como, mas o bêbado profissional nem hálito etílico exala. Pelo contrário, chega a ser até perfumado. Já o bafo do amador chega até mesmo antes dele. Pior que hálito de bêbado amador, só mesmo de bêbada amadora. É mesmo uma desgraça.

O profissional jamais – jamais! - bate em mulher. Pelo contrário, chega com fala mansa e diz palavras leves. Geralmente leva. Apareceu falando alto, te cuida, é amador.

O BP (vamos chamar assim o bêbado profissional) sempre chega em casa dirigindo sem bater. Não se lembra como, é claro, mas chega. O BA nem acha o carro. E nem se lembra no dia seguinte. Acorda tentando reconstituir a noite para saber em que gole ficou a viatura.

BP que se preza jamais fala no ouvido da gente e muito menos coloca a mão no ombro da pessoa a quem se dirige. Já o BA é especialista em ouvidos, ombros e – mais tarde – colos. Também costuma conversar segurando na sua mão, seja homem ou mulher.

Quando um deles vem chegando com aquele olhar de bebum, basta olhar nos sapatos. O do BP está limpo. Do BA está – inclusive - desamarrado.

No tempo em que eu bebia - e me considerava profissionalíssimo – um conhecido escritor e BP foi até a minha casa. Servi um uísque para nós dois e ele perguntou:

- Quantas garrafas você tem em casa?

Diante de tal pergunta imaginei que ele fosse mamar (BP odeia essa expressão) mais que uma.

- Mas essa está cheia!..

- Você é amador! – e deu uma golada e uma gargalhada.

– Amador! E eu que te considerava um profissional...

Fiquei indignadamente sóbrio:

- Como amador??? Como???

- Meu querido, um profissional do álcool não tem apenas uma garrafa em casa.

- Bem, eu tenho mais uma guardada.

- Oito, meu filho, oito!!! Um bom bebedor tem que ter no mínimo oito garrafas em casa. E da mesma marca.

- Mas eu não bebo nem uma por dia...

Ele, se servindo de mais uma dose:

- Pois é aí que mora o perigo, a culpa! Veja essa garrafa. Você fica bebendo e vendo ela se esvaziar rapidamente. De manhã ela estava cheia, de tarde já pela metade. De noite vazia. Ou seja, você fica bebendo e vendo o quanto você bebeu! Dá culpa, você se sente um alcoólatra. Se fosse um profissional, teria uma aqui na mesinha, outra ao lado do computador, outra no criado-mudo, na cozinha, na sala de jantar, uma perto da biblioteca e até uma no quarto das crianças. Não é a garrafa que deve circular pela casa. E sim o copo. E você. Assim, meu querido amador, você não sente a garrafa se esvaziando em algumas horas, na sua cara, te dedando, te culpando. Cada uma que você pega estará sempre quase cheia. E não dá culpa. Pensando bem, você nem percebe que está de pilequinho. Me serve outra. Olha aí, já bebemos metade. Assim não é possível! Faça-me o favor!

6 de março de 2007

Mais Artes gráficas


Posters antigos são um dos assuntos preferidos aqui do blog. Este post traz um pouco do trabalho do francês Jean d’Ylenm, um dos mais prestigiados autores de cartazes de propaganda dos anos 20 do século passado. As empresas de bebida curtiam seu traço irreverente. Confira algumas litografias de marcas de espumante, bitter e cerveja executadas por ele.