20 de outubro de 2010

No Twitter

Enquanto este blog aguarda a reformulação de layout, mais um espaço na web para estar informado sobre de cultura de boteco. O @culturadeboteco é a extensão do Bares e Futilidades no Twitter. É entrar lá e seguir!

19 de outubro de 2010

Remédio para alma

O Veloso se tornou um daqueles que bares que lotam antes mesmo de levantar as portas. No sábado, dia de feijoada, as senhas são distribuídas 15 minutos de começar o serviço. Quando os garçons começam a anotar os pedidos, já tem fila de espera.

O melhor de tudo é que o bar está conseguindo sobreviver ao sucesso, ainda mais turbinado pela escolha de melhor boteco da cidade pelos jurados da Vejinha. É sinal de maturidade.

A coxinha de frango com catupiry e a feijoada continuam boas (quem gosta de um tempero mais picante precisa misturar à cumbuca o molhinho que a acompanha).

O Souza segue preparando caipirinhas sempre bem balanceadas. A vitrine de frutas é um convite para chegar ali do lado do barman e pedir uma receita ao gosto do freguês. Além de limão tahiti e das temíveis frutas vermelhas, tem romã, jabuticaba, limão-rosa, gengibre...

Ao meu pedido por um drinque-novidade, Souza respondeu com uma combinação com limão tahiti, gengibre e campim-santo (veja a foto abaixo e fique com água na boca). Tava uma delícia e refletiu na alma: o drinque me pegou chocho e ajudou a fazer meu dia bem mais feliz.

18 de outubro de 2010

Fim de noite em música

Não me lembrava da introdução que Chico Buarque e Tom Jobim fizeram para a clássica Turma do Funil, marchinha de 1956 assinada por Mirabeau, Milton de Oliveira e Urgel de Castro.

Escritos em 1979, os versos de Chico e Jobim retratam, com muito estilo e conhecimento de causa, um fim de noite em um boteco, 'quando não tem mais cadeira e a porta do bar já fechou'.

O vídeo abaixo (após a letra) toca uma gravação completa, com a abertura e o refrão 'todo mundo bebe, mas ninguém dorme no ponto', com Chico, Miúcha e Mirabeau.

Quando é tão densa a fumaça
Que o tempo não passa
E a porta do bar já fechou

Quando ninguém mais tem dono

O garçom tá com sono
E a primeira edição circulou

Quando não há mais saudade, nem felicidade

Nem sede nem nada nem dor

Quando não tem mais cadeira

Tomo uma besteira de pé no balcão

Eis que da porta dos fundos

Do oco do mundo
Desponta o cordão

Chegou a turma do funil...



15 de outubro de 2010

O filme da cervejaria mais antiga do Brasil

O curta-metragem Cerveja Falada conta a história do que pode ser a cervejaria artesanal em atividade mais antiga do Brasil: a Canoinhense.

O filme, de 15 minutos, é dirigido por Demétrio Panaroto, Luiz Henrique Cudo e Guto Lima. O enredo gira em torno de Rupprecht Loeffler, 93 anos, até hoje colocando a mão na massa para manter a qualidade das receitas herdadas da família.

A fábrica de cerveja é o orgulho da catarinense Canoinhas, 54 mil habitantes, localizada a 380 quilômetros de Floripa. Foi fundada em 1908 pelo pai de Loeffler. Quatro rótulos são produzidos ali atualmente: a Nó de Pinho, a Mocinha, a Jahu e a Malzebier (veja a carinha deles abaixo do trailer).

A fita teve uma pré-estreia afetiva no Cine Queluz, em Canoinhas. A estreia oficial está marcada para 27 de outubro em Florianópolis, no Paradigma CineArte. Os paulistanos terão a chance de assistir à película em 5 de novembro, na Cinemateca Brasileira.

Tô louco para ver. Mas muito mais louco para tomar uma com o seu Loeffer.

Assista ao trailer!



14 de outubro de 2010

A magia dos copos e das taças

Tente repetir em casa a experiência publicada na edição de hoje do caderno Paladar, do jornal O Estado de S.Paulo. A reportagem convida o leitor a experimentar uma mesma bebida em diversos tipos de copos (incluindo o copo de plástico) para perceber as mudanças nos sabores em cada um deles. Faça com uísque, cerveja, vinho, o Grand Marnier... E começa a pensar onde você vai guardar todos os novos copos que irá comprar.

Leia aqui a íntegra da reportagem, numa versão on-line tão bonita quanto a impressa.  

Clássico em multimídia

O Grand Marnier é um licor francês de excelente qualidade, criado em 1880. A bebida combina a elegância de um autêntico Cognac com uma exótica variedade de laranja do Caribe. É ótimo e muito útil no preparo de drinques.

Para vender um produto tradicional no século XXI, a empresa preparou uma campanha de marketing multimídia, com cartazes lindos (lááááa embaixo), game para iPhone e um vídeo sensacional: a ilustração, o som, o roteiro, tudo é muito legal!






13 de outubro de 2010

Botecos por mais de mil ângulos

Muito bacana a galeria de imagens do grupo Botecos, do Flickr. O tema, claro, são os templos da brasilidade etílica. Vale pelo conjunto da obra: são 1.036 fotos (clicadas por 303 fotógrafos) de bebuns, bebidas, comidinhas, fachadas, garçons... É um panorama divertido de cultura de boteco por todo o país.

Mostro abaixo três delas, escolhidas aleatoriamente. Os autores são os usuário ::Flávio::, .merchan e lulu@.



11 de outubro de 2010

Escritor ambulante 

A edição deste mês da revista Piauí tem uma reportagem sobre uma figura clássica da Vila Madalena: o andarilho-poeta-escritor Yumbad Baguun Parral. O cara circula pelas mesas do bairro paulistano desde que eu me entendo por botequeiro.

Ele é autor de pelo menos dois livretos que merecem ser lidos, especialmente após beber duas garrafas de cerveja (das grandes) no Bar das Empanadas: o nada eclesiático Santa Puta - A Redentora e o compêndio de diplomacia São Bin Laden - Lampião da Globalização.

Infelizmente, eu (ainda) não os encontrei por aqui. Mas deixo aqui três pérolas que estão no texto para vocês terem uma ideia de seu perfil

"Tem mesa que agente aborda por educação. Sabe que o cabra nunca vai ler um livro na vida, mas é desfeita não oferecer para uns e não para outros"

"A noite é uma escola, uma pós-graduação em psicologia humana"

"Paulo Coelho vende os livros dele no mundo inteiro. Eu, por enquanto, ando apenas pela Vila Madalena e na Lapa. Então é justo eu dizer que, proporcionalmente, já vendi mais do que ele" (ao comparar seus 18 mil exemplares comercializados em 10 anos com os 135 milhões do mago)

9 de outubro de 2010

Os melhores da Vejinha - 5 anos de blog

A abstinência blogueira ultrapassou os sete meses desta vez, um recorde nos cinco anos em que o Bares e Futilidades surfa pela web. Não tem como arranjar desculpa, ainda mais eu que adoro internet e cultura de boteco...

O retorno é com um post clássico do blog, a análise rápida dos melhores bares de São Paulo, de acordo com os jurados escolhidos pela Vejinha SP. Eu, claro, estou entre eles - e devo dizer que votei em 7 dos 9 vencedores, uma performance de quase 80%. (meus votos não-premiados foram o Original, para melhor boteco, e no Barbolla, para ir a dois) 

É preciso dizer que a capa da edição 2010/2011 é a mais bonita de todos os tempos. Muito bacana. 

Vamos lá:

Melhor boteco: Veloso (Sensacional. Merece palmas por ser um lugar sem frescura, muito bem-cuidado, com preço justo e uma caipirinha insuperável. E um dono gente boa demais que deixa todos à vontade. Tô orgulhoso Otávio!)

Carta de cerveja: Melograno (Rivaliza com o Frangó como o melhor do assunto na cidade. A pequena dianteira surgiu pelo esforço de realizar encontros frequentes para apresentar cervejas adicionais ao cardápio.)

Carta de coquetéis: Subastor (O maravilhoso balcão incentiva ficar ali do lado do barman acompanhando a execução dos coquetéis. O menu de drinques traz receitas tentadoras para quem quer conhecer novos sabores e texturas. Só de dry martinis são oito opções.)

Cozinha: Bottagalo (Ótimo, mas ainda parece muito restaurante pro meu gosto. Uma brincadeira bacana são as opções de molho para comer com pão. Venceu mais pela novidade, pois é tão bom quanto o Adega Santiago, o Astor e o Bar da Dona Onça)

Música ao Vivo: Madeleine (Mistura um jazz gostosíssimo com um ambiente charmoso. Show de bola, ainda mais para ir a dois)

Para ir a dois: Terraço Itália (Clássico imperdível para namorados. Tem de ir pelo menos uma vez. O piano ao vivo, a formalidade dos garçons, o visual panorâmico, é um lugar com um estilo quase único na cidade, ainda mais nos dias de hoje, com as cervejarias pagando decoração de bar para um monte de gente)

Paquera: Vacaveia (É, antes de tudo, um grande boteco: salão simples, bom para comer e bebida honesta. Cheio, muito cheio, ainda mais de quinta a sábado. Só que sempre tem um apoio para o copo, mesmo na calçada. A variedade e o intenso vai-vem para pedir outra cerveja garantem dezenas oportunidades para cantadas e aproximações) 

Revelação e Barman do ano: Myny Bar (Sem dúvida, uma das melhores surpresas da cidade nos últimos anos. Som bacana, potronas confortáveis, nada de atropelo. Detalhe da decoração: primeiras páginas de jornais americanos do dia em que a lei seca entrou em vigor e de quando ela terminou. Mais caro do que a média. Brinque com os drinques, que trazem ingredientes inusitados.)