10 de dezembro de 2007

Nada de espetinhos, por favor



O Dita Cabrita é um daqueles lugares ótimos para ir numa noite quente. A maior parte de suas mesas fica em um espaço ao ar livre, decorado com árvores frutíferas, plantes e flores. O bar está localizado na Pompéia (Rua Barão do Bananal, 961), em São Paulo.

De quebra, tem coisinhas gostosas para comer. É a própria dona do lugar, a Benedita Mazzari Pereira de Souza, a Dita Cabrita, quem criou os bolinhos que levam o nome do bar: crocantes e sequinhos por fora, massa cremosa à base de polenta e recheio de carne de cabrito por dentro. Tem ainda bobó de camarão, casquinha de siri e uma porção de miniacarajés.

São todos tão gostosos que não dá para entender quem prefere os malditos espetinhos, que parecem se espalhar por São Paulo como praga, alcançando até os locais mais charmosos.

7 de dezembro de 2007

Cerva-mate

Embora tenha fechado seus megabares em São Paulo e Rio há bastante tempo, a microcervejaria Dado Bier continua sucesso absoluto no Sul. Seu maior negócio atualmente é produzir cerveja premium, que tem distribuição nacional.

O novo lançamento da marca certamente entra em qualquer lista das bebidas mais inusitadas do Brasil. De baixa fermentação, altor teor alcoólico (7%), a Dado Bier Ilex tem entre seus ingredientes a erva-mate típica dos gaúchos.

A novidade tem tudo para unir os torcedores de Grêmio e Internacional. O argumento do material distríbuido para a imprena dá o tom do marketing da marca: "Assim como a cerveja, o chimarrão se bebe em parceria, em uma roda de amigos".

A bebida chegará ao mercado nacional em garrafas de lon neck. Quer presentear um amigo? Compre o kit acompanhado de um copo definitivamente único, em forma de cuia e com uma base feita de couro.

1 de dezembro de 2007

No tempo da boemia

O cantor Nélson Gonçalves era o principal porta-voz de canções com referência à noite entre os anos 40 e 60 do século XX. Apesar do tom dramática, o bolero "Hoje quem paga sou eu" mostra o bar como ponto de encontro de gente que sofreu por amor.

A letra (sensacional) é de um dos grandes repórteres da revista O Cruzeiro, David Nasser, com música de Herivelto Martins. Leia a poesia abaixo e ouça a interpretação do boêmio, no Rádio UOL

Antigamente, nos meus tempos de ventura,
Quando eu voltava do trabalho para o lar,
Deste bar alguém gritava com ironia
"Entre, mano, o fulano vai pagar".
Havia sempre alguém pagando um trago,
Pelo simples direito de falar.
Havia sempre uma tragédia entre dois copos,
Nas gargalhadas de um infeliz a soluçar.
Eu sabia que era um estranho neste meio
Um estrangeiro na fronteira deste bar,
Mas bebia, outro pagava, e eu partia
Para o mundo abençoado do meu lar.

Hoje, faço deste bar a sucursal
do meu lar que atualmente não existe.
Tenho minha história pra contar,
Uma história que é igual, amarga e triste.
Sou apenas uma sombra que mergulha,
Num oceano de bebida, o seu passado.
Faço parte dessa estranha confraria
Do conhaque, do vermute e do traçado.
Mas se passa pela rua algum amigo,
Em cuja porta a desgraça não bateu,
Grito que entre, e neste bar beba comigo,
Hoje quem paga sou eu.

30 de novembro de 2007

Garoto propaganda

Quem disse que política não vende cerveja? Pelo menos duas marcas já utilizaram a imagem do presidente cubano, Fidel Castro, em propagandas na TV americana para tentar aumentar suas vendas:

- A Stroh's Light utilizou um discurso do camarada insular para mostrar sua versatilidade etílica.

- Com sede na Flórida, a cerveza La Tropical aproveitou a queda de Fidel durante uma cerimônia em 2004 para manisfestar um desejo da comunidade cubana exilada nos States. Curiosidade: A La Tropical se apresenta como a primeira cerveja cubana - foi criada em Havana em 1888. E faz questão de frisar no rótulo: in exile since 1960.

Veja os vídeos



27 de novembro de 2007

Bom para malária

Beber uma dose quinquina era um programa chique na Paris na primeira metade do século XX. O grande barato da bebidinha era incluir em sua composição uma erva com o mesmo princípio ativo do quinino, um remédio para a malária.

Naquele tempo, degustar um cálice das versões rouge ou blanc exigia um estilo de vida todo especial, como mostra a bela coleção de artes gráficas abaixo, produzida entre 1933 e 1935.

Criada em 1830, a quinquina St Raphaël (18º de teor alcoólico) segue à venda em dezenas de países do mundo, inclusive no Brasil, só que com o nome de aperitivo. Custa mais ou menos R$ 20 a garrafa de 750 mililitros.











19 de novembro de 2007

Quando surge o alviverde imponente



Os palmeirenses que freqüentam o Parque Antartica certamente já sabem da novidade: o Bar do Elias vai reabrir em 4 de dezembro, o time classificando-se ou não para a Libertadores de 2008. Originalmente localizada na Cayowaá, o boteco foi ponto de encontro dos palestrinos fanáticos durante boa parte nos anos 80 e 90. Quando o jogo era fora, suas poucas mesas eram a arquibancada.

Do cardápio enxuto daquele tempo, a grande pedida era o excelente carpaccio, sempre preparado na hora. Seu tempero combinava um molho com ervas italianas, alcaparras espanholas e parmesão ralado. As cervejinhas long neck eram trazidas à mesa em charmosos baldes de gelo.

Uma sociedade mal explicada com o técnico Vanderlei Luxemburgo no finalzinho dos anos 90 fez o lugar perder boa parte do chame. Agora, os herdeiros lançam mão da segunda tentativa de levar o Bar do Elias ao panteão dos grandes bares da cidade. Com uma fachada que traz referências ao bar original, a versão 2007 fica na Rua Caraíbas, 224, a duas quadras da Sociedade Esportiva.

16 de novembro de 2007

Quanto desperdício!



O que faz este maluco com um monte de copos do chope alemão Hofbräu, de Munique, em suas mãos? Garçom de um pub de Sydney, pelo menos é o que informa o UOL Tablóide, o camarada quer garantir um lugar no livro dos recordes como a pessoa que carrega o maior número de canecas cheias de breja por 40 metros.

Se quiser fazer o teste, a caneca utiliza no desafio pode ser comprada no site oficial da bier

13 de novembro de 2007

Um desconhecido vence o Boteco Bohemia



Todos os botequeiros paulistanos precisam programar um visita no Famoso Bar do Justo, em Santana. Mesmo se for apenas por curiosidade. O cinquentenário bar da Zona Norte venceu a categoria de melhor petisco da edição 2007 do Boteco Bohemia, com a sua cestinha de pernil. Talvez agora o barzinho ganhe espaço nos melhores roteiros de bares de São Paulo. A ver. Estive lá apenas uma vez, em 1997, 1998, no levantamento dos bares que seriam incluídos num guia de bares da Vejinha. Na ocasião, o bar não valeu menção. Prometo voltar e trazer detalhes para o blog.

A festa de premiação acontece no final de semana no Moinho Santo Antônio, com direito a shows de Beth Carvalho, Mariana Aydar, Mart'nália, Jair Rodrigues, Luciana Mello, entre outros.
O pódio, por assim dizer, foi completado pelo ótimo Academia da Gula, na Vila Mariana, e seu escondidinho de bacalhau, e o Amigo Gianotti, do Bixiga, que ganhou com seu bolinho de calabresa curada com ricota e empanado no cabelinho de anjo.

11 de novembro de 2007

Botecos para gastrônomos

A revista da Prazeres da Mesa fez um interessante levantamento para descobrir os melhores bares do Brasil. Convidou 32 botequeiros (o blogueiro aqui teve a honra de estar entre eles) para indicar os dez bares mais bacanas em sua opinião. Valia de tudo, de pé-sujo histórico a chiquérrimos bares de hotel. O resultado é uma reportagem de vinte páginas na edição de outubro.

Ali, estão 33 ótimas dicas para beber um chope e comer uma coisinha gostosa - tem muito mais boteco do que bar chique, para a alegria do blog. O primeiro lugar coube ao Astor, bar presta uma justa homenagem à boemia. São Paulo é o endereço de 16 deles (cabe aqui dizer que mais de um terço dos jurados são da capital paulista). A segunda cidada mais citada é o Rio de Janeiro, com 8 lugares. Também estão no guia da publicação especializada em gastronomia Belo Horizonte (com 3 estabelecimentos), Recife (2), Curitiba (1), Campinas-SP (1), Campos do Jordão-SP (1) e Florianópolis (1).

A edição traz também receitas de um tira-gosto da maior parte dos botecos listados. Aprenda, por exemplo, a preparar o Escondidinho de carne-seca com aipim, do paulistano A Lapinha; a língua de boi ao molho, do Bar do Careca, de BH, e o bolinho de bacalhau do carioquíssimo Bar do Serafim.

Se tiver pressa, tem de comprar. A revista costuma colocar parte das reportagens em seu site apenas de dois a três meses após a publicação.

1 de novembro de 2007

Vinho e jazz



Uma dica dos amigos Cris e Silvia, que foram conhecer um barzinho dos mais bacanas e fizeram questão de dividir a experiência com o nosso blog. E eles garantem que não são amigos do dono. Aí vai.

São Paulo é invejada por muitos pelas suas opções de lazer. No entanto, para paulistanos como eu e meu marido, esse lazer deve vir acompanhado de alguns detalhes que sempre limitam nossas opções: locais muito lotados ou onde seu carro e sua aparência são mais valorizados do que sua capacidade de pagar a conta e sair sobre as duas pernas depois de beber estão automaticamente fora.

Gostamos de música, mas não muito alta. Gostamos de boas bebidas, mas não queremos ser extorquidos por termos aprendido a beber coisas diferentes.
Gostamos de locais bem decorados, mas que não pareçam catálogo de loja americana.

Chatinhos, não? Bem menos do que você imagina. E para gente como a gente existem algumas boas opções na cidade. A mais nova nós tivemos a chance de conhecer na sexta-feira, 26 de outubro. É a noite de Jazz e Vinho da Enoteca SaintVinSaint, na rua Prof.Atílio Innocenti, 811.

O espaço é bem decorado, com forte sotaque da comédia Dell´Arte italiana, mas sem ficar caricato. As mesas estão distribuídas entre as altas estantes que abrigam os vinhos - a casa é originalmente uma importadora de vinhos - e por conta disso a bebida obrigatória é óbvia. As opções, nacionais e importadas, não deixarão ninguém decepcionado nem no preço e nem na qualidade. Os petiscos servem de acompanhamento para os vinhos e não como refeição, mas a delicadeza de oferecer opções de azeites para acompanhar o pão italiano faz diferença.

A música completa esse retrato. O trio Banzo Jazz executa clássicos com competência enquanto bebericam uma taça de vinho. Se não souber o que beber, peça uma dica para a proprietária, Lis Cereja, uma nutricionista que trocou de ramo por amor a integração de tudo o que é bom e belo. Ela parece estar no lugar certo.


A noite Jazz e Vinho acontece todas às sexta-feiras. A banda começa a tocar depois das 9 da noite. O couvert custa R$10 e a casa serve várias opções de vinhos em taças e também suco de uva.

22 de outubro de 2007

As festas da Original



Ambev quer fazer da cerveja Original sua nova Bohemia. Claramente cresceu o investimento em marketingo na marca, que fazia parte do portfólio da Antarctica. O foco tem sido atividades culturais. O bem-bolado Circuito Original tem movimentado bares de São Paulo e Rio de Janeiro. O tema é o samba e a música popular brasileira.

Shows movimentam botecos fora do circuito mais badalado. As próximas atrações são uma homenagem aos sambas com referências afros de Vinícius de Moraes, no paulistano Veríssimo (Avenida Nova Independência, 12, Brooklin), em 25 de outubro, e uma celebração à escola de samba Estação Primeira de Mangueira, no Trapiche Gamboa, região central carioca, dia 31 de outubro.

O evento termina com uma troca de gentilezas culturais. Um show em louvor a Adoniran Barbosa no bar Bom Sujeito, na Barrinha, no Rio, em 7 de dezembro, e uma festa para celebar a escola de samba verde-e-rosa, em 4 de dezembro, no Bar Mangueira, em Pinheiros.

18 de outubro de 2007

Cerveja para todos os gostos



O bar Anhanguera convocou a beer somelier Cilene Saorin para promover degustação de sua especialidade: cervejas artesanais brasileiras. A moça é mestre cervejeira com graduação na Universidad Politécnica de Madrid – Escuela Superior de Cerveza y Malta.

O evento ganhou o nome de TPM (Terças para Macho) e, como sugere o nome, é restrito ao universo masculino. O próximo encontro rola em 30 de outubro, às 20h. O patrocínio é da ótima cervejaria catarinense Eisenbahn, que produz 13 cervejas deiferentes, de uma pilsen orgânica a uma encorpada pale ale.

O Anhanguera fica na Rua Tito 25, na Vila Romana, em São Paulo.

11 de outubro de 2007

Humor cervejeiro

Houve um tempo em que era aceitável propagandas de cerveja com personagens atrativos para o público infantil. Eis dois exemplos, ambos dos Estados Unidos: Laurel and Hardy, de O Gordo e o Magro, vendem a extinta Hamm's e Mr. Magoo bebe Stag Beer em diversas e hilárias situações - tão engraçadas que compensam a propaganda via Youtube.

Veja os filmes:



9 de outubro de 2007

Democracia nos botequins


A prefeitura de Santo André (SP) realiza há 6 anos um democrático concurso para escolher as melhores comidas de boteco da cidade, localizada na Região Metropolitana de São Paulo. Ao contrário do badalado concurso paulistano, patrocinado pela Bohemia, qualquer estabelecimento pode concorrer ao posto.

Em 2007, são 66 concorrentes em quatro categorias. É uma ótima chance para ir até a charmosa vila inglesa de Paranapiacaba, bairro andreense, endereço de muitos deles.
A primeira fase do festival encerra-se em 21 de outubro. O vencedor será divulgado em festa no Teatro Municipal local, em 4 de dezembro. Os endereços dos botecos e as informações completas do regulamento estão no www.santoandre.sp.gov.br/festivalbotequim/

Uma boa sacada dos organizadores, observação perspicaz do blog Bar do Celso: para garantir o “funcionamento adequado dos estabelecimentos alimentícios”, ou seja, pra ninguém correr o risco de sair intoxicado, um dos patrocinadores do evento, a companhia de seguros Porto Seguro, oferece uma limpeza de caixa d’água para os inscritos.

8 de outubro de 2007

Marketing em alto-mar

Em 2009, a cerveja irlandesa Guinness completa 250 anos de história. A expectativa de seus fãs é grande.

Quando fez 200 anos, em 1959, a cervejaria adotou uma criativa ação de marketing global para marcar a data: 150.000 garrafas com o rótulo comemorativo foram jogadas em alto-mar em diversos pontos do Oceano Atlântico. 38 embarcações participaram da brincadeira. A empresa garante que ainda há vasilhames à deriva...

A promessa para daqui a dois anos é de algo tão marcante quanto o do bicentenário.

5 de outubro de 2007

O boteco dos paxxxxxtéixxxxxx

O Bar do Adão é prova irrefutável de que também há bons pastéis no Rio de Janeiro. O lugar fica em Botafogo, em um sobrado centenário. O Juarez Becosa, blogueiro de O Globo, ensina que o lugar é uma filial de um dos mais tradicionais pés-sujos do Grajaú, bairro na Zona Norte carioca. Em sua versão Zona Sul, ocupa um ambiente com ilustrações e fotos com referências à MPB.

O cardápio lista mais de 50 variedades de pastéis, em versões doces e salgadas. Provei os de carne, de bacalhau e de gorgonzola com tomate seco. Todos bem recheados, sequinhos, nada de vento. Chope honesto, ao gosto carioquês (pouco espuma, bem gelado). Atendimento prestativo.


2 de outubro de 2007

Pertinho da Paulista

Um sobrado no final da Angélica, quase na esquina com a Paulista, abriga um bar que tem tudo para ter vida longa na noite paulistana. O Salommão Bar reúne um ambiente charmoso, boa carta de bebidas e comidinhas originais e bem-preparadas.

Estive lá um par de vezes, sempre bem-atendido. O site informa que a casa pertenceu a um marceneiro europeu que veio para São Paulo ensinar no Liceu de Artes e Ofício. Os donos reformaram o local e fizeram uma charmosa varanda. Quem fica ali, nos dias frios, recebe cobertores para esquentar as pernas.

O bolinho de batata com espinafre (foto) é uma ótima supresa. Macio, textura leve, muito gostoso. A lingüiça de cordeiro na brasa é outra opção bacana.

É um dos poucos lugares de São Paulo a incluir no cardápio três variedades de grappa, aguardente feita a partir da casca da uva. O que mais sai mesmo são as garrafas e garrafas das 35 marcas de cervejas disponíveis. Baldes de gelo ao lado da mesa garantem a temperatura. Experimente a fluminense Therezópolis. E volte outras vezes.



24 de setembro de 2007

Bares nas artes

O e-enzine http://www.bardoescritor.net/ juntou pinturas, ilustrações e cartuns que mostram como os bares foram retratados em diferentes épocas. Alguns deles estão abaixo. Na hora, uma pintura de Edouard Manet (A Bar at the Folies-Bergère, de 1882), uma representação de um boteco caipira feita pelo artista plástico João Werner e outra de um gringo, Carl B. Johnson, mostrando, claro, o melancólico clima de um melancólico bar americano.




21 de setembro de 2007

Elídio, o melhor boteco de SP.



A Vejinha publica neste final de semana sua edição anual com 250 dicas de bares de São Paulo (por acaso, o anuário etílico-gastronômico também lista 500 restaurantes e 250 comidinhas). Dez jurados elegeram os melhores em 11 categorias.

Os vencedores foram conhecidos em uma bela festa ontem à noite, no Tom Brasil. O mais orgulhoso entre todos eles era mooquense Elídio Raimondi. Embora sempre estivesse presente entre as indicações do júri nos onze anos da publicação, pela primeira vez ele teve o prazer de ver o Elídio Bar ser premiado com o título de melhor boteco. Uma honra merecida para seus 34 anos de história.

Conheça os outros vencedores, com breves comentários:

Carta de cervejas - Frangó Além das dezenas de opções nacionais e gringas, tem dois donos que entendem tudo do assunto.

Chope - Original Cremoso, leve, gelado. Digno do melhor bar da cidade.

Cozinha - Astor Preços acima da média. Bom para encher o estômago tarde da noite. Prove o picadinho.

Fim de Noite - Genial Dos mesmos donos do Filial, os irmãos Altmann. Alguma dúvida de como eles são boêmios?

Happy Hour - Salve Jorge (centro) Merecido. Fico com a relação feita pelo redator da revista com uma frase de Marcos Rey: "o ponto ideal, a casa do meio do caminho entre o trabalho exaustivo e o regresso do lar".

Hotel - Skye Ganhou porque é um bar de hotel sem cara de bar hotel.

Música ao vivo - Baretto Muita sofisticação, pouca alma

Para ir a dois - Salommão Recomendado também para uma happy hour para quem trabalha na região da Paulista que fica perto da Consolação. O charme e a iluminação meia-luz das mesas da entrada garantem um ar romântico. (Tô devendo uma resenha completa do lugar)

Para Paquerar - Bellini Caro. O preço para ver gente bonita e bem-arrumada.

Barman do Ano - Souza (Veloso) Sua caipirinha é imbatível. Vale a pena ficar bêbado com sua receita de limão com gengibre. Com cachaça, por favor. Pedir caipirinha de vodca é quase um sacrilégio.

14 de setembro de 2007

Guinness na Copa do Mundo de Rúgbi

A Copa do Mundo de Rúgbi está acontecendo na França. Grego para nós, o esporte é especialmente popular nos países de colonização britânica. Os caras do marketing da Guinness aproveitaram o torneio para fazer um anúncio bem legal em P&B. Confira.

12 de setembro de 2007

A lista

A Ambev divulgou na semana passada os nomes dos 31 estabelecimentos que irão participar do Boteco Bohemia 2007, concurso de comida de botecos paulistanos que vai rolar de 1 a 31 de outubro. Os lugares foram escolhidos por votos do internautas entre 50 pré-selecionados.

Durante a campanha, valeu quase tudo. Os bares mandaram spams para os e-mails de seus bancos de dados (só eu recebi 4 deles) e abordaram seus clientes levando um notebook na mesa para garantir um votinho.

O resultado é uma lista que parece ter sido feito sob medida. Reúne desde excentridades como a cachaçaria Moendas e o Siri Kaskudo, ambos no Jaguaré, como os consagrados Pirajá, Jacaré Grill, Frangó, Veloso e Salve Jorge, impossíveis de ficar de fora de um concurso promovido por seus principais fornecedores. Boas surpresas: o Valadares, na Lapa, e o Guanabara, no centrão.

Os petiscos concorrentes ainda não foram divulgados.

A nota triste é ausência do tradicionalíssimo Elídio Bar, um dos grandes bares paulistanos, ótimo vendedor de chope, mas um pouco desplugado dos critérios definidos pelos organizadores. Uma pena.

Eis a lista completa:

- A Lapinha
- Dedo de Moça
- Academia da Gula
- Esquina Grill do Fuad
- Ao Bar Guanabara
- Famoso Bar do Justo
- Aperitivos Valadares
- Frangó
- Assembléia Bar
- Galinheiro Grill
- Bar Amigo Giannotti
- Jacaré Grill
- Bar da Vila
- Miradouro
- Bar do Arnesto
- Moendas
- Bar do Luiz Fernandes
- Pirajá
- Bar do Plínio
- Pompéia Bar
- Bar dos Cornos
- Portella Bar
- Bar Penha-Lapa
- Salve Jorge (Vila Madalena e Centro)
- Barbirô
- Santa Clara Bar
- Boteco Seu Zé
- Siri Kaskudo
- Botequim Bar e Grill
- Veloso Bar
- Cervejaria Patriarca

6 de setembro de 2007

Xá de urubu chique


Os brasileiros finalmente vão descobrir o sabor original do bitter Underberg. A versão brasileira da bebida, produzida aqui desde 1934, possui formulação própria desde os anos 40, quando a Segunda Guerra Mundial impediu a importação de algumas das ervas naturais que compõem a fórmula do tradicional digestivo.

Agora, os executivos da subsidiária prometem importar da Alemanha as charmosas garrafinhas de 20 mililitros, envoltas em com papel cor de palha. Dose única preparada por uma fórmula mantida em segredo há mais de 160 anos pelos descendentes de Hubert Underberg.

A variedade nacional segue no mercado, agora sob o nome de Brasilberg, mas com a mesma embalagem tradicional, de 920 ml. A intenção dos donos da marca é exportar para a Europa o gostinho brazuca do nosso bom e velho xá de urubu, como o Jaguar e outros botequeiros da velha guarda chamam carinhosamente o Underberg, para muitos deles a companhia perfeita para um chopinho gelado.

3 de setembro de 2007

Aqui jaz





A notícia chegou por um amigo que trabalha na Bovespa: o Dix fechou! "Os funcionários chegaram para trabalhar um dia destes e encontraram as portas fechadas", informou o colega.

É um triste fim para um dos botecos mais tradicionais do centro velho de São Paulo. Em plena Rua São Bento, o Ao Dix Bar, nome e sobrenome, foi desde o anos 70 até o mês passado local certo de happy hour para advogados, corretores da Bovespa, funcionários de cartório e outros profissionais da região.

Especialidades gastronômicas: a coxa creme e os sandubas preparados com queijos e frios. Para não cair nunca no esquecimento, que fique registrado algumas de suas receitas características:

Psicodélico: rosbife, salsinha, gorgonzola, copa e tomate

Bauru Adão: rosbife, queijo, tomate, cebola, bacon e molho tártaro

Atrapalhado: lombo, tender, azeitona, picles, provolone e tomate

Lingüeta: língua de boi à milanesa, gorgonzola, pimentão, pepino e azeitona

31 de agosto de 2007

Baco botequeiro



A emanação do Deus do vinho está cada vez mais intensa nos botecos paulistanos. O mais recente adepto do reino de Baco é o Jacaré Grill, clássico da Vila Madalena especializado em grelhados.

O bar lançou uma bem-montada carta de vinhos, com 45 opções de tintos, brancos e espumantes sugeridos pelo enófilo Ricardo Gonçalves. Seus garçons estão sendo treinados para servir e reconhecer a garrafa ideal para cada uma das comidinhas do bar.

Eu, sem medo de pecar, e embora reconheça a tendência, vou continuar pedindo a boa e velha cervejinha, que sempre está geladíssima por aqui. Tem mais cara de boteco. Ou tem bebida mais apropriada para acompanhar a ótima alheira portuguesa preparada na grelha, uma das grandes especialidades do Jacaré?

28 de agosto de 2007

Frangó, 20 anos

Um dos grandes bares paulistanos da história festeja duas décadas de existência. A comemoração incluiu um festival de harmonização entre cerveja e receitas de chef de cozinha, o lançamento da Heineken versão 600 ml, uma baladinha abastecida por suas afamadas coxinhas com catupiry e, principalmente, o privilégio de estampar seu logo num lote único de uma cerveja trapista.

A cerveja La Trappe Tripel - Reserva Especial Frangó 20 anos é uma cerveja clara, de alta fermentação e com 8% de teor alcoólico. Foram produzidas apenas 2.000 unidades. Com rótulo bilingüe, a garrafa de 750 ml custa R$ 56, se for consumida nas mesas do bar, ou R$ 47 para quem quiser levar para casa.

O Frangó, se é que alguém não conhece o lugar, fica no largo da Matriz da Senhora do Ó, na Freguesia, Zona Norte de São Paulo.




24 de agosto de 2007

A matemática da loba

Os caras do Tulípio abriram hoje um concurso bem-humorado no blog http://tulipio.nafoto.net/

Basta criar uma frase para o desenho abaixo. A melhor leva a preciosa coleção completa (de 5 números) da bacana revistinha de charges de boteco, distribuída em bares do Rio e de São Paulo.

23 de agosto de 2007

O povo vota

O Boteco Bohemia mudou a forma de escolha dos bares para sua edição 2007. Os participantes do festival de gastronomia de boteco realizado desde 2004 em São Paulo serão definidos por meio de uma eleição pelo site http://www.botecobohemia.com.br/botecobohemia2007/.

Nós, humildes botequeiros, apontamos apenas um mísero bar em uma variadíssima lista de 50 bares e botecos apresentada pelos organizadores - e obviamente com o aval do patrocinador. Participam do concurso, que começa em 1 de outubro, os 30 mais votados. O único estabelecimento garantido é o Bar do Luiz Fernandes, vencedor melhor petisco de 2006 com a Surpresa de Dona Idalina (ver foto abaixo), uma gostosura com berinjela recheada com carne moída, mussarela, tomate seco e manjericão.

Seis dicas (tentei ficar em três mas não consegui) do blog para ninguém ficar totalmente perdido na escolha: Valadares, Elídio Bar, Veloso, Pirajá, Frangó e Jacaré Grill.




22 de agosto de 2007

Breja também é cultura

O marketing da cerveja Original está promovendo uma exposição bem bacana no Museu da Imagem e do Som, em São Paulo. Em cartaz, sessenta peças coloridas criadas por artistas plásticos a partir de material reciclado da bebida, como tampinhas, latas de alumínios, caixas de papelão, garrafas e rótulos. Confira três delas aqui no blog. A mostra Arte Original fica ali até 9 de setembro e a entrada é grátis. Os tragos, claro, são por nossa conta.






17 de agosto de 2007

Doente por botecos

Que as enfermidades da alma são tratados nos bares da vida ninguém discorda. O saudoso compositor carioca João Nogueira fez uma música espirituosa para indicar que, sim, certos botecões tradicionais também podem ter a solução para os males físicos. Afinal, não é uma gripe qualquer que vai te impedir de tomar uma no bar da esquina, certo?

Gripe cura com limão, jurubeba é pra azia
Do jeito que a coisa vai, o boteco do Arlindo vira drogaria

O médico tava com medo que o meu figueiredo não andasse bem
Então receitou jurubeba, alcachofra e de quebra carqueja também
Embora fosse homeopatia a grana que eu tinha era só dois barão
Mas o Arlindo é pai d'égua, foi passando a régua, eu fiquei logo bão

refrão...

Tem vinho pra conjuntivite, licor pra bronquite, cerveja pros rins
Traçados e rabos-de-galo pra todos os males e todos os fins
O Juca chegou lá no Arlindo se desmilingüindo, querendo apagar
Tomou batida de jambo, recebeu o rango e botou pra quebrar

refrão...

Batida de erva-cidreira se der tremedeira ou palpitação
Pra quem tá doente do peito faz um grande efeito licor de agrião
E toda velhice se acaba se der catuaba prum velho tomar
Meu tio bebeu lá no Arlindo e saiu tinindo pra ir furunfá

15 de agosto de 2007

Chope gringo

A Heineken faz uma campanha publicitária para divulgar nos Estados Unidos um novo produto, um barril pressurizado para ser comprado em supermercados. Cada um deles tem aproximadamente 5 litros, o suficiente para dois americanos tomarem durante num jogo de beisebol transmitido pela TV. Repare: a propaganda passa uma mensagem high tech para o nosso bom e velho chopinho. Confira.

9 de agosto de 2007

O retorno e a monografia

Leitores, voltei. A ausência de posts por três meses não significa, de forma alguma, que eu deixei de visitar os bares e botecos da vida. O tempo ficou mais curto por causa do nascimento da primeira herdeira e da monografia da pós-graduação. O tema é uma tendência que tem tudo a ver com nosso espaço aqui: os bares como espaço de marketing.

Abaixo, um breve resumo do estudo - depois penso numa forma de publicar as 25 páginas na íntrega. Enquanto isso, passem sempre por aqui para ver as novidades e curiosidades do universo botequeiro.

O presente trabalho tem como objetivo mostrar como os bares se tornaram alvos de ações de merchandising de empresas de diversos setores, especialmente do de bebidas alcoólicas e de cigarros. A análise abre traçando um breve histórico dos bares como estabelecimento comercial. O estudo enumera ainda as características que fazem do empreendimento um ponto de venda de alto valor agregado, em que seus freqüentadores estão, por uma série de razões, mais pré-dispostos a receber mensagens publicitárias, não importa se em ações de degustação, blitz de distribuição de produtos ou merchandising digital. A discussão permeia temas como o reforço do trabalho de relações-públicas de grandes anunciantes com os comerciantes, o promissor negócio da rede fechada de televisão e a legislação cada vez mais rigorosa para cigarros e bebidas alcoólicas.

26 de abril de 2007

Beber é uma arte

Mais uma do Tulípio abaixo. A quinta edição da revista de cultura do boteco estará nos bares por volta do dia 15 de maio. Por enquanto, um aperitivo.

23 de abril de 2007

Para fazer em casa





A edição desta semana de Veja São Paulo ajuda a realizar a vontade de muita gente que sonha em repetir em casa o petisco de seu bar favorito. A reportagem de Fabio Wright, o gigante dos botecos, traz 20 receitas de comidinhas (19 salgados e um doce) servidas nos melhores botecos paulistanos.
A lista inclui o sensacional bolinho de bacalhau, do Bar do Luiz Fernandes; o prestigiado bolinho de abóbora com carne-seca, do Pirajá, e a cultuadíssima coxinha de frango com catupiry, do Frangó. A foto acima é do roll-mops do Elídio Bar, que é salgadinho, perfeito para beber com uma cervejinha bem gelada. Os ingredientes e como fazer podem ser conferidos no site da Vejinha.

17 de abril de 2007

Vodu argentino

Nada de mulher sem roupa e pagodeiro rebatizando um dia da semana. Na argentina, a Ambev optou pelo bom humor para vender a Brahma pela TV.

Por que bebemos tanto assim?

Sei que a crônica é longa. Mas também é antológica. Eu reencontrei este texto do Paulo Mendes Campos nas releituras para escrever uma reportagem sobre cultura de boteco.

Bar é um objeto que se gasta como camisa, isto é, depois de certo tempo de uso é sempre necessário comprar uma camisa nova e mudar de bar. É preciso escolher bem o nosso bar, pois tão desagradável quanto tomar um bonde errado é tomar um bar errado. O homem que toma o bar errado pode gerar aborrecimentos ou ser a vítima deles.

Não escrevo este artigo no bar. Não entendo pessoas que bebem para escrever. Georges Bernanos escrevia em bares com o risco de passar por bêbado, coisa que talvez tivesse sido (a afirmação é do próprio escritor católico) se as leis alfandegárias não taxassem tão alto os álcoois consoladores. A bebida consola; o homem bebe; logo, o homem precisa ser consolado. A dramaticidade fundamental do destino é o penhor dos fabricantes do veneno. Porque o álcool é um veneno mortal. Um veneno mortal que consola e... degrada o homem. Mas outro escritor católico (teve uma crise de irritação quando chegou a Nova Iorque durante a lei seca), o gordo, sutil e sedento G. K. Chesterton, nega que o álcool degrade o homem: o homem degrada o álcool.

Chesterton foi um louco que perdeu tudo, menos a razão; é claro, por isso mesmo, que a criatura humana é o princípio da degradação de todas as coisas sobre a Terra. O álcool é inocente. Só um típico alcoólico anônimo seria incapaz de entender a inocência do álcool e a inescrutável malícia dos homens.

Depois de dois escritores, cito agora um falecido artista de cinema, Humphrey Bogart, que dizia: "Todo homem está sempre três doses abaixo do normal." That's the question. Na verdade, não é bem isso: bebemos para empatar com o mundo. O mundo está sempre a ganhar da gente, de um a zero, dois a zero... Bebe-se na esperança de igualar o marcador. Uma ilusão, sem dúvida, mas toda la vida es sueño y los sueños sueños son. Calderón de la Barca, se bebia, era escondido; saiba portanto, leitor, que a sentença seguinte foi adulterada por mim: "Aún en sueños — no se pierde el beber bien."

Uma das exclamações mais doces (Luis de Góngora y Argote) da poesia espanhola é esta:

Oh bienaventurado
albergue a cualquier hora!

Um dos aforismos pungentes (Baudelaire) da literatura é este: "É preciso estar sempre bêbado — de vinho, de poesia, de religião."Uma expressão popular: beber para afogar as mágoas.

Bernanos, Chesterton, Humphrey Bogart, o falso Calderón de la Barca, Góngora e o povo estão perfeitamente certos: o homem bebe para disfarçar a humilhação terrestre, para ser consolado; para driblar a si mesmo; o homem bebe como o poeta escreve seus versos, o compositor faz uma sonata, o místico sai arrebatado pela janela do claustro, a adolescente adora cinema, o fiel se confessa, o neurótico busca o analista. Quem foge de si mesmo se encontra; quem procura encontrar-se afasta-se de si mesmo. Não é paradoxo, é o imbricamento humano. E este é uma espiral inflacionária cuja moeda, em desvalorização permanente, é a nossa precária percepção da realidade. Somos inflacionados pelo nosso próprio vazio: a reação nervosa da embriaguez parece encher-nos ou pelo menos atenuar a presença do espírito desesperado dentro do corpo, perfeitamente disposto a possuir os bens terrestres e gozá-los. Espírito e corpo não se entendem: o primeiro conhece exaustivamente a morte, enquanto o segundo é imortal, enquanto vive. Daí essa tocata e fuga a repetir-se indefinidamente dentro de cada ser, este desequilíbrio que nos leva ao bar, à igreja, ao consultório do analista, às alcovas sexuais, à arte, à ciência, à ambição de mando e dinheiro, a tudo. As fugas e fantasias são tantas, e tão arraigadas, que se confundem com a própria natureza humana. Não seria possível definir o homem como um animal que nasce, alimenta-se, pensa, reproduz e morre; o que interessa no homem é o que sobra; o fundamental nele é o supérfluo. Uma jovem atirou-se sem explicação dum décimo andar, um cientista experimentou em si mesmo o vírus duma doença mortal, um artista passa vários anos de fome e incompreensão para realizar uma obra, os tranqüilizantes são vendidos aos milhões, multidões acreditam na santidade duma menina, cresce o número de doentes mentais, o alcoolismo é um mal que se generaliza — estas são as manchetes que interessam à psicologia do indivíduo e da coletividade. Todos esses fatos, superficialmente plurais, possuem na base a singularidade da tristeza. É preciso beber. A natureza deu-nos a embriaguez natural do sono. Oito horas de sono não bastam. É preciso estar bêbado — de vinho, poesia, religião. É preciso estar bêbado de todas as mentiras vitais (a expressão é de Ibsen): de poder, de luxo, de luxúria, de bondade, de satanismo (o doutor Relling para consolar um pobre-diabo inventou para ele uma personalidade diabólica), de idealismo, de Deus, de violência, de humildade, de loucura, de qualquer coisa.

O álcool é tão-só a modalidade primária e comum à embriaguez. O bar é a primeira instância da causa do homem. O uísque (cachaça) é apenas uma das formas vulgares de todos os ritos milenares de encantamento.

O que comiam os centauros? O que transformava os homens em deuses? Que se comia durante as cerimônias dos Mistérios na Grécia? Provavelmente um cogumelo chamado amanita muscaria, incomparavelmente superior aos nossos melhores vinhos e aguardentes. O cogumelo leva-nos à morada de Deus — é o testemunho de uma médica e um banqueiro que o experimentavam várias vezes. Acredita Robert Graves que Sansão devia sua força aos cogumelos. A Sulamita refere-se aos cogumelos no Cântico dos Cânticos. Os indígenas mexicanos o usavam em suas festas rituais (culto ainda existente na província de Oaxaca). Portanto:

A embriaguez é religiosa, e o altar das religiões antigas inventou de certo modo a mesa do bar. Aí, o homem punha-se em comunicação com o espírito divino, ligava céu e terra, transcendia-se.

O homem entra no bar para transcender-se — eis a miserável verdade.

Entrei em muitos, bebo alguma coisa desde a minha adolescência, conheço bares em Belo Horizonte, Porto Alegre, Buenos Aires, Florianópolis, São Paulo, Rio, Salvador, Recife, Manaus, Brasília, João Pessoa, Petrópolis, Belém, Nova Iorque, Lisboa, Vigo, Londres, Stratford-on-Avon, Oxford, Paris, Grenoble, Gênova, Pisa, Arezzo, Florença, San Gemignano, Volterra, Spezia, Roma, Nápoles, Paestum, Reggio di Calabria, Messina, Catania, Siracusa, Licata, Agrigento, Marsala, Trapani, Palermo, Taormina, Veneza, Hamburgo, Berlim (Ocidental e Oriental), Heidelberg, Dusseldorf, Colônia, Munique, Goettingen, Francforte, Bonn, Varsóvia, Estocolmo, Leningrado, Moscou, Surrumi, Ircútsqui, Pequim, Múquiden, Xangai, Santa Luzia e Sabará...

Em 1954, viajando pela Alemanha de automóvel, cheguei pouco depois da meia-noite à cidade universitária de Goettingen. No Brasil, uma cidade cheia de estudantes costuma tumultuar-se pela madrugada. Mas Goettingen àquela hora entregava-se a um repouso unânime. Sem sono, reservei um quarto no hotel, perguntando ao empregado onde poderia beber qualquer coisa.

— Ah, senhor — respondeu entre sentido e orgulhoso o alemão

—, Goettingen é uma cidade universitária, não existe nada aberto a esta hora.

— O senhor está completamente enganado — retruquei-lhe.

Ele se riu bondosamente de mim: tinha mais de 60 anos, nascera em Goettingen, conhecia todas as ruas da cidade, todos os bares, seria impossível encontrar qualquer venda aberta depois de meia-noite.

— O senhor está enganado — insistia eu.

Moeller, outro alemão, que viajava comigo, reforçou a opinião do empregado do hotel e começou a dissertar impertinentemente sobre as diferenças entre o Brasil e a Alemanha. Eu estava parecendo bobo — disse ele — não querendo aceitar sua germânica verdade: em Goettingen não havia um único bar aberto depois de meia-noite. A esta altura manifestei-lhes um princípio universal, pelo qual sempre me guiei:

— Pois fiquem vocês sabendo que em todas as cidades, todas as vilas e povoados do mundo, há pelo menos duas pessoas que continuam a beber depois de meia-noite; aqui em Goettingen há pelo menos duas pessoas que estão bebendo neste momento; vou encomendá-las.

Darwin Brandão, o terceiro homem nesta viagem, não me deixa mentir. Meio cético a respeito do meu princípio, mas solidário com o amigo, resolveu acompanhar-me, apesar do sarcasmo dissuasório de Moeller. Saímos para a noite morta de Goettingen, e vimos um gato, tão silencioso quanto os seus conterrâneos, ganhar às pressas o beirai dum telhado secular. Fomos andando pelas ruas paralisadas, eu tranqüilo, e Darwin me espiando de banda. No fim duma rua comprida e oblíqua, vi um cubo iluminado, mais parecido com um anúncio de barbearia, e afirmei:

— É ali. — Nas faces visíveis do cubo estava escrito: Weinclub. Ao fim da passagem lateral, por onde entramos, demos com a porta fechada. Batemos em vão, e já íamos embora, desapontados, quando notei no corredor uma escada circular para o porão, cavada na pedra. No primeiro patamar, ouvimos música. Tomei um ar superior de vidente e desci o segundo lance. Empurrada a grossa porta de carvalho (o carvalho é mera suposição), recebi uma salutar lufada de música, de tabaco, de gente, de aromas etílicos. Foi como se eu reconquistasse o paraíso. O Weinclub dançava e bebia animadamente, repleto de jovens universitários e lindas universitárias de bochechas coradas e riso amorável. Não havia uma única mesa vaga, mas três segundos depois eu estava a beber um magnífico branco do Reno, e a explicar para os estudantes, que nos acolheram com simpatia, o princípio universal que rege a vida noturna. E eles, os mais talentosos matemáticos do mundo, futuros inventores de balísticos e outros inteligentíssimos engenhos mortíferos, acataram o meu pacífico princípio como um axioma luminoso. Foi um dos bares mais consoladores de minha temporada sobre a Terra.

Um bar legal precisa apresentar cinco qualidades fundamentais: boa circulação de ar, bom proprietário, bons garçons, bons fregueses e boa bebida. Isto é raríssimo de acontecer. Quando o garçom é uma flor de sujeito, o dono do bar costuma ser uma besta; se os fregueses são alcoólicos esclarecidos, o ambiente às vezes é quente e abafado; vai ver um excelente e confortável bar refrigerado, e boa porcentagem de uísque é fabricada no Engenho de Dentro. Para dizer toda a verdade, o bar perfeito não existe.

Barmen and jockeys are the only people who are polite any more, doutrinou um homem que consumia álcool em quantidades industriais, o romancista Ernest Hemingway. O barman, de fato, é um dos segredos do bar. Cada freguês deve sentir a ilusão de que o barman tem uma predileção especial por ele, e em nome disso será capaz de resolver qualquer problema. O incompreensível é que resolvem mesmo. O homem que chega a uma grande metrópole desconhecida é como um avião voando em solidão por dentro dum espesso nevoeiro. Mas, se este homem pertence à comunidade internacional dos freqüentadores de bar, cada barman é uma torre com a qual ele poderá entrar em contato a fim de orientar-se. Os únicos estranhos aos quais eu falo sem timidez, com perfeita familiaridade, são os barmen, e estes igualmente reconhecem logo em mim o freguês escolado, curtido em todos os amargos, navegador de longo curso.

Todo freqüentador de bar tem o direito eventual de embriagar-se convenientemente uma vez por outra. Quem vende bebida deve ser linchado quando exige de seus fregueses comportamento de casa de chá. Aclarados neste ponto, podemos afirmar que o maior inimigo do bar e do alcoolismo é o mau bebedor que bebe anos a fio e não aprende a beber, o bebedor diariamente chato, incapaz de entender o tácito acordo de amabilidade e contenção que existe entre todos os bons bebedores do mundo. Eu os conheço todos e os abomino. Conheço toda a imensa variedade da espécie (sentimentalóides, untuosos, agressivos, prolixos, confidenciais, pedantes, questionadores, inoportunos, monocórdios, babugentos, ressentidos etc. etc). Ah, se um dia eu pendurar o meu copo numa prateleira, e passar a beber em casa, podereis estar certos, contemporâneos, de que foram os maus bebedores que me levaram a este extremo!

Não defendo o alcoolismo, sr. Alcoólico Anônimo. Queira entender-me com um pouco mais de sutileza, se me faz o favor. Modestamente embora, falando do alto duma tribuna para uma platéia vazia, defendo é o homem. O uísque não me interessa, o que me interessa é a criatura humana, esta pobre e arrogante criatura, já confrangida por um destino obscuro, arrumada odiosamente em castas duma sociedade sanguessuga, uma sociedade engenhosamente arquitetada para triturar as classes de baixo a fim de transformar a matéria-prima em petróleo, aço, eletricidade, veículos, aparelhos domésticos, tecidos, alimentos. Segue-se a segunda fase do processo industrial: correias de transmissão levam estes bens terrestres ao alto-forno, que os transforma em palácios, iates, cavalos de corridas, jóias, amantes de luxos, em todas as formas de prazer e domínio sobre a vida. Mas os ricos também bebem, e quanto! Bebem às vezes por má consciência, outras por má educação, e bebem porque todos os bens terrestres são fantasias que se desfazem de repente ao hálito da morte. Pois o que advogo no meu desespero-dialético é a melhor distribuição das fantasias terrestres. Será a única maneira eficiente de reduzir o alcoolismo. A máquina social cria sobre o indivíduo uma inumerável série de compreensões, que o desequilibram e infelicitam. O alcoolismo é uma das variadíssimas conseqüências desse extraordinário mal-estar coletivo. Transpondo a porta do bar, o homem age com toda a pureza e inocência, buscando fugir ao sofrimento, tentando cumprir a sua vocação para o prazer; se encontra no bar um novo mal, a degradação, o desemprego, a debilitação orgânica, a morte prematura, isto é outra história. A história triste das drinking classes.

12 de abril de 2007

Sabor pêra

A Absolut lançou no início deste ano a nona variedade de suas vodcas aromatizadas, a Absolut Pears. Veja abaixo alguns dos belos vídeos que a indústria de bebida sueca fez para o hotsite de lançamento de sua bebida sabor pêra, o www.absolut.com/pears







19 de março de 2007

A breja do aquecimento global

O degelo do Pólo Norte certamente irá afetar o nível dos oceanos. Enquanto os alarmes do aquecimento global soam, dois empresários da Groelândia resolveram a aproveitar a pureza da água dos icebergs para fazer cerveja. Localizada a 600 quilômetros do Círculo Polar Ártico, a cervejaria Greenland Brewhouse utiliza os pescadores locais para pegar os pedaços de gelo no mar. Os donos do negócio garantem que usam apenas gelo que se soltaram dos icebergs - o que libera a consciência dos ambientalistas na hora do consumo. Por enquanto, a cerveja é vendida em duas versões, a pale ale e a brown ale, com 5,5º de teor alcoólico.


14 de março de 2007

Companheiros de copo

A concorrência no mundo dos blogs é parceira. E todo mundo merece ter sua lista de favoritos sempre bem abastecida, com espuma na medida certa.

Aproveito para indicar a todos o blog Cerveja Só, espaço de primeira mantido pelo "cervejeiro" e jornalista da Revista Época, Ricardo Amorim. Uma nota recente ali, por exemplo, contou que a Ambev vai trazer outras marcas gringas para o Brasil, antes mesmos de os jornais publicarem a notícia. No ar desde de janeiro, o endereço sempre tem novidades sobre o mundo das brejas, além de dar dicas de alguns botecos.

Outras dicas são o blog Pé Sujo, do Juarez Becoza, que precisa ser lido por qualquer um que for ao Rio de Janeiro e quiser conhecer um botequim autêntico, e o Tasca, um monte de posts etílicos direto de Portugal.

8 de março de 2007

Profissional ou amador

Antes de abandonar os copos, o escritor Mario Prata era freqüentador assíduo do Pé pra Fora, do Dona Felicidade e do Balcão, bares paulistanos de primeira linha. Sua larga experiência entre tulipas de chope e copos de uísque fez com que ele se tornasse doutor quando o assunto é bebedeira. É dele o texto abaixo, publicado em seu site (http://www.marioprataonline.com.br/).

Sim, minha amiga, existem os amadores e os profissionais. E são facilmente reconhecidos. Pra começar o profissional está sempre penteado. Despenteou, esteja certa de estar diante de um bêbado amador.

O amador é chato. E não tem exceção. Ele pode até não ser chato quando sóbrio. Mas passou de terceira dose, é dose.

Não sei como, mas o bêbado profissional nem hálito etílico exala. Pelo contrário, chega a ser até perfumado. Já o bafo do amador chega até mesmo antes dele. Pior que hálito de bêbado amador, só mesmo de bêbada amadora. É mesmo uma desgraça.

O profissional jamais – jamais! - bate em mulher. Pelo contrário, chega com fala mansa e diz palavras leves. Geralmente leva. Apareceu falando alto, te cuida, é amador.

O BP (vamos chamar assim o bêbado profissional) sempre chega em casa dirigindo sem bater. Não se lembra como, é claro, mas chega. O BA nem acha o carro. E nem se lembra no dia seguinte. Acorda tentando reconstituir a noite para saber em que gole ficou a viatura.

BP que se preza jamais fala no ouvido da gente e muito menos coloca a mão no ombro da pessoa a quem se dirige. Já o BA é especialista em ouvidos, ombros e – mais tarde – colos. Também costuma conversar segurando na sua mão, seja homem ou mulher.

Quando um deles vem chegando com aquele olhar de bebum, basta olhar nos sapatos. O do BP está limpo. Do BA está – inclusive - desamarrado.

No tempo em que eu bebia - e me considerava profissionalíssimo – um conhecido escritor e BP foi até a minha casa. Servi um uísque para nós dois e ele perguntou:

- Quantas garrafas você tem em casa?

Diante de tal pergunta imaginei que ele fosse mamar (BP odeia essa expressão) mais que uma.

- Mas essa está cheia!..

- Você é amador! – e deu uma golada e uma gargalhada.

– Amador! E eu que te considerava um profissional...

Fiquei indignadamente sóbrio:

- Como amador??? Como???

- Meu querido, um profissional do álcool não tem apenas uma garrafa em casa.

- Bem, eu tenho mais uma guardada.

- Oito, meu filho, oito!!! Um bom bebedor tem que ter no mínimo oito garrafas em casa. E da mesma marca.

- Mas eu não bebo nem uma por dia...

Ele, se servindo de mais uma dose:

- Pois é aí que mora o perigo, a culpa! Veja essa garrafa. Você fica bebendo e vendo ela se esvaziar rapidamente. De manhã ela estava cheia, de tarde já pela metade. De noite vazia. Ou seja, você fica bebendo e vendo o quanto você bebeu! Dá culpa, você se sente um alcoólatra. Se fosse um profissional, teria uma aqui na mesinha, outra ao lado do computador, outra no criado-mudo, na cozinha, na sala de jantar, uma perto da biblioteca e até uma no quarto das crianças. Não é a garrafa que deve circular pela casa. E sim o copo. E você. Assim, meu querido amador, você não sente a garrafa se esvaziando em algumas horas, na sua cara, te dedando, te culpando. Cada uma que você pega estará sempre quase cheia. E não dá culpa. Pensando bem, você nem percebe que está de pilequinho. Me serve outra. Olha aí, já bebemos metade. Assim não é possível! Faça-me o favor!

6 de março de 2007

Mais Artes gráficas


Posters antigos são um dos assuntos preferidos aqui do blog. Este post traz um pouco do trabalho do francês Jean d’Ylenm, um dos mais prestigiados autores de cartazes de propaganda dos anos 20 do século passado. As empresas de bebida curtiam seu traço irreverente. Confira algumas litografias de marcas de espumante, bitter e cerveja executadas por ele.





21 de fevereiro de 2007

A rainha do Pará

Nem tente pedir uma Skol ou uma Brahma geladinha em uma das dezenas de bares de Soure, cidadezinha de 20.000 habitantes na Ilha de Marajó. Simplesmente, você não vai encontrar produtos da Ambev à venda. Ali, como em boa parte do Pará, sinônimo de cerveja é Cerpa.

Assim como nada é melhor do que beber um vinho no lugar onde ele é feito, tomar uma Cerpa no calorão abafado da região amazônica é uma delícia. Em vez da versão long neck export, disponível nos bares do eixo SP-Rio, beba a versão 600 ml, produzida em na fábrica na beira da Baía do Guajará, em Belém.

No mercado desde 1966, a bebida possui um amargor levemente mais acentuado do que, por exemplo, a Skol, a Brahma e até mesmo a Bohemia. Cai muito bem com um tacacá ou uma porção de queijo marajoara (feito com mussarela de búfala).

Para ilustrar este post, veja alguns rótulos comemorativos, colados na garrafa de 600 ml, lançados pela cervejaria:






16 de fevereiro de 2007

Brinde para a Folia

Fui beber no excelente blog do Juarez Becoza esta ode à cerveja, própria para ser lembrada antes da primeira cerveja de cada um dos quatro dias da festa de Momo. Saúde.

"Vai-se a primeira do dia
Depois dessa, não sei quantas vêm
Se o Santo Papa soubesse
O gosto que ela tem
Vinha do Vaticano
Pra beber com a gente também"

Velho brinde popular, de autoria desconhecida

14 de fevereiro de 2007

Balada reggae

A cerveja jamaicana Red Stripe surgiu em Kingston, em 1928, pela iniciativa dos camaradas Thomas Geddes e Eugene Desnoes. Comprada pela Diageo, a bebida é exportada pelo Estados Unidos e fabricada sob licença no Reino Unido.

Suas marcas registradas são as garrafas de 355 ml e 700 ml, com o pescoço mais curto que o tradicional. As embalagens são as estrelas deste vídeo bem bacana. E provam que anúncio de cerveja não precisa ter necessariamente nem mulheres com pouca roupa nem famosos.

13 de fevereiro de 2007

Tábua da salvação

O bar Salve Jorge (que não tem nada ver com o Taberna São Jorge, descrito logo abaixo) abriu no final do ano passado uma filial nota dez no centro antigo de São Paulo, bem em frente a BM&F. Antes de ir lá conhecer o pico, confira os dez bem-humorados mandamentos seguidos à risca por seus proprietários. Confira:

1 - Considerai o próximo pra caraio
2 - Não pedireis fiado, nem amanhã
3 - Dragões só acompanhados pelos responsáveis
4 - A primeira é do Santo. E fica esperto que o cara tá olhando
5 - Honrar pai, mãe e cunhada
6 - Cobiçar a mulher mais próxima
7 - Devotos têm sempre razão
8 - Não pedireis Oswaldo Montenegro para o DJ
9 - Não ligareis para o celular da ex-namorada depois das 2 da matina
10 - Reclamações direto com o dono do bar, aquele ali segurando a espada ensangüentada

12 de fevereiro de 2007

Bares e futilidades em Belém




Nada de ficar sem destino para uma cervejinha em Belém. Depois de conhecer o Mercado Ver-o-Peso, a Estação das Docas e o Museu Emílio Goeldi, vá tomar uma no bacaninha Taberna São Jorge (Travessa Joaquim Távora, 438, esquina com a Rua Rodrigo dos Santos, (91) 3224-3476). Fica no centro velho, atrás da igreja de São Pedro.

Conhecido nas internas como Bar da Walda, o barzinho é ponto de encontro de fotógrafos e descolados em Belém. A decoração bacana inclui pinturas temáticas de São Jorge no teto. Sensacional os bonecos com São Jorge, seu cavalo e o dragão jogando uma cartinha.

Coisa boa pra comer. Servido junto com uma saladinha, os sandubas de picadinho e de queijo com banana frita são bem gostosos. Os pratos (entre eles o arroz de pato com jambu e Tucupi) são servidos em marmitinhas, com direito a guardanapo e tudo, no melhor estilo bóia-fria.

11 de janeiro de 2007

Bom Negócio

:: Se você tivesse comprado, em janeiro de
2000, R$ 1.000,00 em ações da Nortel
Networks, um dos gigantes da área de
telecomunicações, hoje teria R$ 59,00.

:: Se você tivesse comprado, em janeiro de
2000, R$ 1.000,00 em ações da Lucent
Technologys, outro gigante da área de
telecomunicações, hoje teria R$ 79,00.

:: Agora, se você tivesse, em janeiro de 2000,
gasto R$1.000,00 em Skol (entenda em
cerveja, não em ações), tivesse bebido tudo
e vendido somente as latinhas vazias, hoje
teria R$ 80,00!

Conclusão:

No cenário econômico atual, você perde menos
dinheiro ficando sentado e bebendo cerveja o
dia inteiro.

MAS É IMPORTANTE LEMBRAR:

Quem bebe vive MENOS:

a) Menos triste;
b) Menos deprimido;
c) Menos tenso;
d) Menos puto da vida! (exceto por não ter vendido as latinhas...)

Pense nisso: Se for dirigir, não beba. Se for beber, me chame! Se não me chamar, pelo menos me mande as latinhas...