10 de dezembro de 2007

Nada de espetinhos, por favor



O Dita Cabrita é um daqueles lugares ótimos para ir numa noite quente. A maior parte de suas mesas fica em um espaço ao ar livre, decorado com árvores frutíferas, plantes e flores. O bar está localizado na Pompéia (Rua Barão do Bananal, 961), em São Paulo.

De quebra, tem coisinhas gostosas para comer. É a própria dona do lugar, a Benedita Mazzari Pereira de Souza, a Dita Cabrita, quem criou os bolinhos que levam o nome do bar: crocantes e sequinhos por fora, massa cremosa à base de polenta e recheio de carne de cabrito por dentro. Tem ainda bobó de camarão, casquinha de siri e uma porção de miniacarajés.

São todos tão gostosos que não dá para entender quem prefere os malditos espetinhos, que parecem se espalhar por São Paulo como praga, alcançando até os locais mais charmosos.

7 de dezembro de 2007

Cerva-mate

Embora tenha fechado seus megabares em São Paulo e Rio há bastante tempo, a microcervejaria Dado Bier continua sucesso absoluto no Sul. Seu maior negócio atualmente é produzir cerveja premium, que tem distribuição nacional.

O novo lançamento da marca certamente entra em qualquer lista das bebidas mais inusitadas do Brasil. De baixa fermentação, altor teor alcoólico (7%), a Dado Bier Ilex tem entre seus ingredientes a erva-mate típica dos gaúchos.

A novidade tem tudo para unir os torcedores de Grêmio e Internacional. O argumento do material distríbuido para a imprena dá o tom do marketing da marca: "Assim como a cerveja, o chimarrão se bebe em parceria, em uma roda de amigos".

A bebida chegará ao mercado nacional em garrafas de lon neck. Quer presentear um amigo? Compre o kit acompanhado de um copo definitivamente único, em forma de cuia e com uma base feita de couro.

1 de dezembro de 2007

No tempo da boemia

O cantor Nélson Gonçalves era o principal porta-voz de canções com referência à noite entre os anos 40 e 60 do século XX. Apesar do tom dramática, o bolero "Hoje quem paga sou eu" mostra o bar como ponto de encontro de gente que sofreu por amor.

A letra (sensacional) é de um dos grandes repórteres da revista O Cruzeiro, David Nasser, com música de Herivelto Martins. Leia a poesia abaixo e ouça a interpretação do boêmio, no Rádio UOL

Antigamente, nos meus tempos de ventura,
Quando eu voltava do trabalho para o lar,
Deste bar alguém gritava com ironia
"Entre, mano, o fulano vai pagar".
Havia sempre alguém pagando um trago,
Pelo simples direito de falar.
Havia sempre uma tragédia entre dois copos,
Nas gargalhadas de um infeliz a soluçar.
Eu sabia que era um estranho neste meio
Um estrangeiro na fronteira deste bar,
Mas bebia, outro pagava, e eu partia
Para o mundo abençoado do meu lar.

Hoje, faço deste bar a sucursal
do meu lar que atualmente não existe.
Tenho minha história pra contar,
Uma história que é igual, amarga e triste.
Sou apenas uma sombra que mergulha,
Num oceano de bebida, o seu passado.
Faço parte dessa estranha confraria
Do conhaque, do vermute e do traçado.
Mas se passa pela rua algum amigo,
Em cuja porta a desgraça não bateu,
Grito que entre, e neste bar beba comigo,
Hoje quem paga sou eu.