29 de maio de 2009

Frase para refletir no final de semana

"Da boemia, me interessam as pessoas",
Caetano Veloso, em ensaio para a revista Poder.

25 de maio de 2009

Comida boa em BH

Terminou ontem a 10ª edição do mais autêntico concurso de gastronomia de boteco, o Comida di Buteco, de Belo Horizonte - e o que inspirou todos os outros.

Assim como no ano passado, 41 estabelecimentos participaram da disputa. A galera teve 31 dias para conhecer os lugares e eleger os melhores. Foram 163 mil votos válidos. Barriquinhas de todos os bares estiveram reunidas para os três dias da festa Saideira, que teve shows de samba e chorinho.

O primeiro prêmio foi para uma das casas mais tradicionais da cidade, o Café Palhares, no centrão de BH, aberto em 1938. Venceu com o tira-gosto Karacol de Pernil, receita em que a carne de porco vem regada com molho de abacaxi e acompanha de couve e pão árabe.

O Bar do Ferreira ficou em segundo lugar com o petisco Pecado Capital, uma mistureba com taioba, mandioca, carne bovina, costelinha e tomate recheado. Não provei, mas haja cerveja para terminar o prato.

A seguir fotos do Café Palhares (tira-gosto e uma foto de ambiente para quem não conhece saber como é o esquema) e do Bar do Ferreira.





24 de maio de 2009

O entendido

Boa tira de quadrinhos publicada um dia destes na Folha. O autor é o Adão Iturrusgarai.

Ainda bem que os enochatos de galochas costumam não gostar muito de boteco - o barulho deve atrapalhar o nariz.

21 de maio de 2009

5 amigos, reais e virtuais.

A ausência de uma relação dos meus blogs favoritos ou relacionados é intencional. Prefiro eventualmente trazer minhas leituras preferidas sobre cultura de boteco em posts como este.

O mais bem escrito de todos é o do Juarez Becoza, autor da coluna Pé-sujo do jornal O Globo. Seus textos conseguem registrar o verdadeiro espírito de botecos de todo o Brasil, embora sua especialidade seja mesxsxsxsxsmo o Rio.

Os blogs Gulodice, da jornalista Monica Santos, e Boteclando, do também jornalista Miguel Icassatti, têm o mérito de trazer um olhar diferente do que é publicado na mídia em suas especialidades, comidinhas e bares, respectivamente. Assim como eu aqui, pecam um pouco (só um pouquinho :-) ) por não escreverem mais.

A breve lista de 5 dicas fica completa com o Bar do Celso, de um curitibano apaixonado por botecos, e o Tô com Fome, de quatro jovens paulistanos que não deixam dúvida sobre o que pensam sobre tranqueiras gostosas espalhadas por aí: “Dieta é para fracos” e “Gordão até o fim” são os lemas de dois dos autores.

18 de maio de 2009

O fim do Bar Barão

A notícia do fechamento do Bar Barão, em março, deixou triste os admiradores dos botecos clássicos. Aqueles que atravessam o tempo com sua obstinação em manter a qualidade e o estilo, indepedente da moda e do faturamento.

Pelo menos desde meados dos anos 90, o Bar Barão estava longe de ser um sucesso de público. A localização era ingrata, na Barão de Duprat, no centro, pertinho da 25 de março. Abria de segunda sexta até às 19h e, sábado, até às 15h.

Só que a choperia tinha uma clientela extramente fiel. Que não abria mão de seu levíssimo chope, tirado de uma máquina de com sistema de refrigeração que utilizava água e álcool - em vez das de gelo são as mais comuns na cidade.

É tão bom que ganhou o voto de melhor chope da cidade na edição especial de bares e restaurante da Vejinha do ano passado, dado pelo crítico de bares da publicação, Fabio Wright.

Aberto em 1968, o Bar Barão tem estirpe. Seu idealizador foi o Leopoldo Urban, o mesmo que transformou o Bar Leo no que é hoje e, de quebra, também estabeleceu o ótimo Amigo Leal, embaixo do Minhocão. Chamou-se O Leo até o início dos anos 90. O estilo bávaro da fachada e da decoração permaneceu por 40 anos (abaixo, duas fotos para matar a saudade).

O atendimento afetuoso, longe de ser perfeito, era garantido pelo garçom-gerente-contador de histórias Hélio Souza da Motta. Ele trabalhou ali desde a inauguração e era o homem de confiança do dono um austríaco aposentado que vive em Santa Catarina. Tocava o bar ao lado do sobrinho, Edilon. Sua linha-dura não admitia falta de educação da fregueia e, absurdo dos absurdos, servir chope sem colarinho.

A lista de petiscos sempre foi restrita. As preferências eram para os bolinhos de bacalhau e para o canapê de línguiça blumenau, preparado na hora pelo Hélio. Parece que o imóvel foi comprado por alguém interessado em modernizar aquele trecho da Barão de Duprat.

Não deu para resistir à oferta. O Hélio, que já tem quase 70 anos, deu entrevista no Estadão dizendo que procura um parceiro para reabrir o Bar Barão. Tomara que consiga. Embora o espaço físico possa ser restaurado, a alma está perdida.

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14 de maio de 2009

Torcida pelo Tulípio

Distribuída em bares e botecos de São Paulo, a revista de bolso Tulípio está entre os indicados da HQ Mix 2009, na categoria Publicação de Cartuns.

Seus autores, Eduardo Rodrigues e Paulo Stocker concorrem com gente de peso, como o Jaguar e o Millôr Fernandes. Os vencedores serão anunciados em 30 de maio.

A edição que representa é a publicação na principal disputa nacional da categoria é a de número 7, que contou com a participação especial de Ziraldo (veja o esplêndido cartum abaixo) e de Luis Fernando Veríssimo.

Clique aqui para curtir a Tulípio #7 na íntegra.

13 de maio de 2009

Piadas de americano

A empresa de venda de cartazes pela Internet BuyEnlarge.com tem uma coleção singular de imagens. O autor das mais bacanas é justamente o presidente da companhia, Wilbur Pierce - pelo menos assim são assim que estão creditadas. Uma de suas sacadas é fazer trocadilhos com frases de personalidades e nomes de filmes. Conheça alguns deles:












11 de maio de 2009

E o estômago?

Estive uma quinta dessas no Z Carniceria, bar moderninho no lado B da Rua Auguta, em São Paulo.

O lugar vive bem movimentado desde a inauguração, em março de 2009. E assim estava quando peguei a comanda com o porteiro, por volta da meia-noite.

A decoração-conceito, digamos assim, com meia-dúzia com ganchos de ferros exibindos salames no alto do bar, as paredes azulejadas de branco e uma cabeça de búfalo servem apenas para lembrar que ali funcionou um dia um açougue - o que também ajudou a definir o nome do bar.

O clima é de baladinha entre amigos, com uma trilha sonora de rocks clássicos e um pouco de jazz caçadas em rádios on-line.

O público que frequenta ali vai um pouco além do que se convencionou chamar de "descolado". Curte tatuagens, piercings, alargadores de orelha e muito preto nas roupas. Bom astral.

As bebidas são pedidas no balcão ou para uma das atrapalhadas garçonetes. Tem coquetéis tão modernos quanto a galera. O que leva o nome da casa, por exemplo, mistura vodca, caldo de carne e pimenta do reino, entre outros ingredientes. Sei lá. Meu segundo drinque foi o tradicionalíssimo chopinho.

O estômago sentiu falta de uma retarguada. Embora a casa anuncie que funcione até às 3 e meia da matina de quinta a sábado, a cozinha fecha à meia-noite, ou próximo disso. Não dá, né?

O endereço é Rua Augusta, 934.