Frase para refletir no final de semana
"Quando consumidas em algum lugar que não sejam os cafés, certas bebidas apresentam a particularidade de perder o sabor, o gosto, a razão de ser"
Jean-Paul Sartre
Cultura de boteco. Histórias, notícias e bobagens do mais democrático dos espaços gastronômicos
30 de maio de 2008
20 de maio de 2008
Tradição gráfica
Poucas aperitivos têm tanta história como o licor francês Bénédictine. A bebida teria sido inventada por um monge beneditino no século 16. A receita de 27 ervas, dos quatro cantos do mundo, foi redescoberta em 1863 por Alexandre Le Grand. Em menos de dez anos, saiam da fábrica em Fécamp, na Normandia, uma produção anual de 150.000 garrafas.
O marketing era o forte de Le Grand. Em 1882, ele mandou erguer uma construção em estilo gótico, um palácio-museu, que marcou a paisagem da cidade e segue como ponto turístico da localidade. Outra idéia sua foi a contratação de artistas para criar cartazes de divulgação do drinque. Os pôsteres ficaram tão identificados com a marca que os executivos do final do século 20 encomendaram uma nova coleção. Conheça alguns deles, um de ontem e quatro da geração atual.
Poucas aperitivos têm tanta história como o licor francês Bénédictine. A bebida teria sido inventada por um monge beneditino no século 16. A receita de 27 ervas, dos quatro cantos do mundo, foi redescoberta em 1863 por Alexandre Le Grand. Em menos de dez anos, saiam da fábrica em Fécamp, na Normandia, uma produção anual de 150.000 garrafas.
O marketing era o forte de Le Grand. Em 1882, ele mandou erguer uma construção em estilo gótico, um palácio-museu, que marcou a paisagem da cidade e segue como ponto turístico da localidade. Outra idéia sua foi a contratação de artistas para criar cartazes de divulgação do drinque. Os pôsteres ficaram tão identificados com a marca que os executivos do final do século 20 encomendaram uma nova coleção. Conheça alguns deles, um de ontem e quatro da geração atual.
19 de maio de 2008
Rola-bola no Bar da Cida
Eis o nome e a imagem do petisco vencedor do mais tradicional concurso de gastronomia de boteco, em Belo Horizonte. O 9º Comida di Buteco teve 41 concorrentes, dez a mais do que as edições anteriores. Detalhe: muita comida e pouco bolinho, ao contrário do que costuma ser a tônica na similar disputa paulistana.
Delícia do Bar da Cida (Rua Numa Nogueira, 287, Floramar, tel. (31) 3434-8715), claro, o tira-gosto traz almôndegas, batatinhas e fatias de pão - essencial para "móia" até o fim o molho da casa. O Bar da Cida, de quebra, também beliscou o título 2008 de melhor torresmo de BH.
O segundo colocado do concurso, que realizou a Festa da Saideira no domingo, 18 de maio, foi o Bar do Zezé (Rua Pinheiro Chagas, 406, Barreiro de Baixo, tel. (31) 3384-2444) e seu petisco rabo apertado, um virado de jiló com rabinho de porco e lombo (foto aqui embaixo). Encerra o pódio o pecado original, conserva de lagarto temperado e desfiado com petisco de maçã condimentada, do Agosto Butiquim (Rua Esmeralda, 298, Prado, tel. (31) 3337-6825).
16 de maio de 2008
Jô botequeiro
O Programa do Jô recebeu nesta semana o escritor Nirlando Beirão para falar de bares e drinques. Bebericando um belini, Beirão falou sobre curiosidades da boemia, tema de seu recém-lançado livro Original - Histórias de um bar comum.
Uma delas diz respeito à boa-de-copo poetisa americana Dorothy Parker, que teria dito nos animados soirées da intectualidade novaiorquina nos anos 20 uma frase ótima para a série para refletir no final de semana: "Eu adoro um martini. No máximo dois. No terceiro, já estou debaixo da mesa. No quarto, estou embaixo do dono do bar."
Só uma correção. O entrevistado diz que o Bar do Elias encerrou suas atividades. Só que o bar foi reaberto no final de 2007 em novo endereço, também pertinho do Palmeiros, sob a batuta do filho do velho palestrino Elias.
Ps: a entrevista está dividida em duas partes.
O Programa do Jô recebeu nesta semana o escritor Nirlando Beirão para falar de bares e drinques. Bebericando um belini, Beirão falou sobre curiosidades da boemia, tema de seu recém-lançado livro Original - Histórias de um bar comum.
Uma delas diz respeito à boa-de-copo poetisa americana Dorothy Parker, que teria dito nos animados soirées da intectualidade novaiorquina nos anos 20 uma frase ótima para a série para refletir no final de semana: "Eu adoro um martini. No máximo dois. No terceiro, já estou debaixo da mesa. No quarto, estou embaixo do dono do bar."
Só uma correção. O entrevistado diz que o Bar do Elias encerrou suas atividades. Só que o bar foi reaberto no final de 2007 em novo endereço, também pertinho do Palmeiros, sob a batuta do filho do velho palestrino Elias.
Ps: a entrevista está dividida em duas partes.
12 de maio de 2008
Bar pentacampeão!
É muito bacana freqüentar um bar com vista para um estádio de futebol, como acontece nos Estados Unidos e na Europa. Os paulistanos terão a chance de curtir um programa deste tipo em julho, com a inauguração do Santo São Paulo Bar.
É muito bacana freqüentar um bar com vista para um estádio de futebol, como acontece nos Estados Unidos e na Europa. Os paulistanos terão a chance de curtir um programa deste tipo em julho, com a inauguração do Santo São Paulo Bar.
Com capacidade para 350 pessoas, o bar-restaurante fica dentro do Estádio do Morumbi, no lugar onde ficava anteriormente uma das gerais. Funcionará de quarta a domingo, de dia e de noite, mesmo em dias de jogos - ou seja, oportunidade única no país em ver uma partida ao vivo, do lado do gramado, de dentro de um boteco. Nada de definições, por enquanto, sobre preços e esquema de funcionamento.
O cardápio vai trazer petiscos, lanches, pratos rápidos... O acordo de exclusividade com a FEMSA vai limitar bastante a variedade de cervejas. Uma pena.
9 de maio de 2008
Mercado restrito
Mais um projeto brasileiro de cerveja artesanal corre o risco de perder a qualidade. Depois da Baden Baden, de Campos do Jordão, e da carioca Devassa, chegou a vez da catarinense Eisenbahn ser comprada pelo Grupo Schincariol. O negócio envolveu cerca de R$ 80 milhões.
Surgida em 2002, a cervejaria de Blumenau montou um portfólio com treze produtos, de diferentes sabores e gradações alcoólicas - a foto é de sua marca premium, a Lust, 11,5% de álcool, primeira brasileira produzida pelo método champenoise, para ser degustado em um copo de champanhe.
Nada contra a Nova Schin, que sem dúvida fez uma boa compra, especialmente num cenário favorável a marcas premium. Mas o fato é que o ganho de escala quase sempre afeta o sabor da cerveja - normalmente para pior. Um caso clássico é como a ex-ótima Xingu caiu de qualidade após ser adquirida pela Kaiser.
A dica, portanto, é aproveitar bastante durante 2008 para aproveitar os tipos de Eisenbahn feitos ainda com o empenho de um empreendimento que leva muito a sério a qualidade. E acompanhar de perto, como consumidores, para que a gigante de Itu mantenha o nível mesmo após os investimentos para o aumento de produção. Tomara que dê certo.
6 de maio de 2008
Europa, depois da meia-noite
Uma série de reportagens na seção Viagem do New York Times (veja aqui) traz um panorama de como é a noitada depois da meia-noite em dez cidades da Europa: Atenas, Barcelona, Berlim, Copenhagem, Lisboa, Londres, Moscou, Paris, Praga e Veneza. O Uol traduziu os textos e organizou uma galeria das imagens reunidas disponibilizadas no NYT.
Sobram curiosidades neste breve panorama da boemia européia. O bar acima, por exemplo, é o nonagenário Bo-bi Bar, em Copenhagem, na Dinamarca. No cardápio, apenas três itens para comer, um deles o prosaico ovo cozido. "São um ótimo alimento quando você está bêbado", ensina o barman Nanna Sarauw. "Eles botam as pessoas em pé." É só testar.
Uma série de reportagens na seção Viagem do New York Times (veja aqui) traz um panorama de como é a noitada depois da meia-noite em dez cidades da Europa: Atenas, Barcelona, Berlim, Copenhagem, Lisboa, Londres, Moscou, Paris, Praga e Veneza. O Uol traduziu os textos e organizou uma galeria das imagens reunidas disponibilizadas no NYT.
Sobram curiosidades neste breve panorama da boemia européia. O bar acima, por exemplo, é o nonagenário Bo-bi Bar, em Copenhagem, na Dinamarca. No cardápio, apenas três itens para comer, um deles o prosaico ovo cozido. "São um ótimo alimento quando você está bêbado", ensina o barman Nanna Sarauw. "Eles botam as pessoas em pé." É só testar.
2 de maio de 2008
Rambla paulistana
Tá bom, tá bom, é exagero. Mas está em discussão na Comissão de Proteção à Paisagem Urbana (CPPU), da Prefeitura de São Paulo, um projeto para tornar mais agradável a boemia da Vila Madalena, tendo como eixo as ruas Aspicuelta e Wisard. Nestas duas vias e em suas paralelas estão alguns dos botecos mais bacanas do bairro, como o Salve Jorge (foto)de suas mesas na calçada), o São Cristovão, o Empanadas, o Filial...
Quem está por trás da proposta é a cervejaria Ambev, que promete investir R$ 3,5 milhões em troca, claro, de expor suas marcas em totens espalhados pela balada. A idéia é alargar as calçadas, aterrar os fios, instalar os totens com mapas da região, bancos de madeira e proteção das árvores, entre outras melhorias. Podia também incluir uma proibiação das dezenas de manobristas que atrapalham o trânsito e um bolsão de estacionamento para todos estacionarem seus carros com segurança e ser intimidados por flanelinhas. Alguma outra sugestão?
Tá bom, tá bom, é exagero. Mas está em discussão na Comissão de Proteção à Paisagem Urbana (CPPU), da Prefeitura de São Paulo, um projeto para tornar mais agradável a boemia da Vila Madalena, tendo como eixo as ruas Aspicuelta e Wisard. Nestas duas vias e em suas paralelas estão alguns dos botecos mais bacanas do bairro, como o Salve Jorge (foto)de suas mesas na calçada), o São Cristovão, o Empanadas, o Filial...
Quem está por trás da proposta é a cervejaria Ambev, que promete investir R$ 3,5 milhões em troca, claro, de expor suas marcas em totens espalhados pela balada. A idéia é alargar as calçadas, aterrar os fios, instalar os totens com mapas da região, bancos de madeira e proteção das árvores, entre outras melhorias. Podia também incluir uma proibiação das dezenas de manobristas que atrapalham o trânsito e um bolsão de estacionamento para todos estacionarem seus carros com segurança e ser intimidados por flanelinhas. Alguma outra sugestão?
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