Mais um projeto brasileiro de cerveja artesanal corre o risco de perder a qualidade. Depois da Baden Baden, de Campos do Jordão, e da carioca Devassa, chegou a vez da catarinense Eisenbahn ser comprada pelo Grupo Schincariol. O negócio envolveu cerca de R$ 80 milhões.
Surgida em 2002, a cervejaria de Blumenau montou um portfólio com treze produtos, de diferentes sabores e gradações alcoólicas - a foto é de sua marca premium, a Lust, 11,5% de álcool, primeira brasileira produzida pelo método champenoise, para ser degustado em um copo de champanhe.
Nada contra a Nova Schin, que sem dúvida fez uma boa compra, especialmente num cenário favorável a marcas premium. Mas o fato é que o ganho de escala quase sempre afeta o sabor da cerveja - normalmente para pior. Um caso clássico é como a ex-ótima Xingu caiu de qualidade após ser adquirida pela Kaiser.
A dica, portanto, é aproveitar bastante durante 2008 para aproveitar os tipos de Eisenbahn feitos ainda com o empenho de um empreendimento que leva muito a sério a qualidade. E acompanhar de perto, como consumidores, para que a gigante de Itu mantenha o nível mesmo após os investimentos para o aumento de produção. Tomara que dê certo.
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