14 de novembro de 2016

Café da manhã e cerveja combinam, sim!


A premiada cervejaria paranaense Way Beer tem o ótimo hábito de realizar eventos abertos ao público dentro de sua fábrica.

Já rolaram festa junina, churrascada, música ao vivo, palestras, festival de hambúrgueres...

No próximo sábado, em 19 de novembro, os cervejeiros resolveram organizar um café da manhã com cerveja. 

O horário, das 9 da manhã ao meio-dia, vai certamente juntar os fortes da turma que começa a beber cedo com os sobreviventes da noite, que resistem em tomar a saideira. 

Entre barris de lúpulo e cevada, o evento vai oferecer delícias de um tradicional café da manhã by USA, preparadas pelo chef Gylli Zapellini.

O cardápio, que custará R$ 35 por pessoa, terá panquecas, ovos mexidos, Bacon grelhado, quiche de milho e bacon, waffle com doce de leite, brownie com chantilly...

E, claro, ao lado de cafezinhos e chás, o preço inclui dois copos de chope Way.

10 de novembro de 2016

Jackie Stewart vende Heineken na F1. Sem beber

O circo da Fórmula 1 chega ao GP Brasil, neste final de semana, pela primeira vez com a Heineken como parceiro global. 

A cervejaria holandesa encontrou uma forma inteligente de fazer propaganda na Fórmula 1 sem bater de frente com as organizações europeias que pregam o fim dos anúncios de bebidas alcoólica na categoria. 

Em vez de ligar a bebida aos pilotos, a empresa fez um filme espetacular para mostrar que bebida e direção não combinam. 

A estrela da campanha é o escocês Jackie Stewart, o "Escocês Voador", tricampeão mundial da Fórmula 1 em sua fase mais glamourosa, nos anos de 1969, 1971 e 1973. 

Lançado em setembro, o vídeo produzido para conquistar a rede social combina imagens do passado com cenas atuais, filmadas exclusivamente para a publicidade. 

Vale a pena ver e rever o vídeo, de tão legal que é.


9 de novembro de 2016

Conexão Largo de Pinheiros-Chicago Cubs



Seu Narciso, lendário dono do boteco paulistano do Cu do Padre, gostava de contar que as garrafas de pinga tomadas por fuligem penduradas no teto de seu boteco era resultado dos 23 anos do Corinthians sem ser campeão.

No fim dos anos de 1960, o 'sócio', como era conhecido pela fiel clientela do Bar das Batidas, ganhou dúzias de umas branquinhas especiais de um amigo e decidiu guardar para o dia em o seu 'Coringão' levantasse a taça...

Só que o tempo foi passando, passando e nada do alvinegro conquistar o troféu.

As ampolas ficaram ali, sujeito a intempéries, sem que Seu Narciso as limpasse.

Quando finalmente o Corinthians levou o título, em 1977, elas já estavam pretas de fuligem.

E o 'sócio', contador de histórias como um bom pescador, não quis desmanchar a espontânea decoração.

E não que um torcedor do time de beisebal americano Chicago Cubs que guardou uma latinha de cerveja para tomar só quando o clube do coração fosse campeão?

Como o Cubs enfrentou uma fila de títulos de mais de 100 anos, a cervejinha permaneceu fechada até agora.

A breja ficou ali, intacta, por 32 anos.

Nos tempos de redes sociais e câmeras por todos os lados, a comemoração rendeu um divertido filme.


8 de novembro de 2016

Schlitz: nome clássico para os nostálgicos


Quem conhece bem a história da cerveja sabe a força do sobrenome germânico Schlitz.

O alemão Joseph Schlitz veio para os Estados Unidos aos 20 anos para trabalhar como cervejeiro na fábrica de cerveja de um compatriota, August Krug, em Milwaukee, na margem oeste do Lago Michigan.

Uma epopeia.

Um ano depois, casou com a filha do dono e, com a morte do sogro, colocou seu próprio nome na cervejaria.

Seu espírito empreendedor transformou a fabriqueta do fim do mundo, a mais de mil quilômetros de Nova York, na maior cervejaria da América!

Com o slogan "The Beer that Made Milwaukee Famous" (A Cerveja que fez Milwaukee famosa), a empresa:

-- Vendeu breja para todos os Estados Unidos na virada do século 19 para o 20;

-- Enfrentou a crise durante a Lei Seca vendendo refrigerantes e outras bebidas;

-- Foi fornecedor do Exército Americano durante a Segunda Guerra, em latas camufladas de verde-oliva;

-- Criou inovações em embalagens, como a lata de alumínio "Soft Top" (confira abaixo a 'modernidade').



A cervejaria só foi definitivamente afastada da liderança do mercado mundial de cerveja nos anos 1970, pela Anheuser-Busch, que produz a Budweiser.

Assim como outra cervejarias do fim do século 19 e do início do 20, a Schlitz usou e abusou de cartazes e propagandas de revistas bem-humoradas, mas nem sempre dentro do considerado politicamente correto nos dias de hoje.

Confira alguns deles:











7 de novembro de 2016

Boteco boteco: de manhã, de tarde e de noite


Os amantes de botecos reconhecem o Rio de Janeiro como a representação do Paraíso no Brasil.

As ruas cariocas são para profissionais.
Basta uma caminhada pelas ruas da Tijuca, de Copacabana, de Botafogo, de Laranjeiras, do Catete, do Flamengo... para trombar com botecos que dão vontade de entrar e descobrir seus segredos.

São botecos, botecos: o português abre as portas à 8 da manhã e só fecha meia-noite -- são como as padarias paulistanas, mas muito mais personalizadas pela presença constante do dono.

Outro dia, de passagem pelo Rio, eu topei com uma dessas joias na rua Marquês de Abranches, no Flamengo, pertinho da estação do Metrô: o Bar Martins.

Era um domingo de manhã chuvoso em que encarei a cidade logo cedo para assistir à largada da maratona olímpica.

Parei ali meio de susto para um café preto e um pão de queijo rápido com objetivo único de despertar da noite curta típica das Olimpíadas.

Só que deu liga.

Gostei de cara do lugar (tenho nariz 'treinado' para encontrar bons botecos). Os eflúvios botequeiros costumam contar meu cérebro como uma descarga elétrica.

O café estava apenas ok, mas tinha sido passado na hora. Só que o pão de queijo surpreendeu de forma transcendental. Assado de manhã, quentinho, caseiro, com mais queijo que polvilho....

O horário da prova não deixou eu ficar mais tempo ali, mas fiquei o dia todo pensando no lugar.

Na hora do almoço, claro, voltei para lá. :-)

Toda a minha expectativa se confirmou. Cerveja gelada, carne assada com batatas preparada na hora e uma louvável empada de camarão.

Não espere, claro, um atendimento de restaurante francês ou de bar da moda. Tem um garçom só, o dono (seu Francisco) prepara a caipirinha, e uma mesa de amigos do bairro enchendo a cara de Drury's desde o aperitivo do almoço faz crescer o número de decibéis do ambiente.

Como sou turista por lá, pensei que fosse lugar batido, conhecido pela cariocada.

Dei um Google.

Vi os ensinamentos do mestre Juarez Becoza, que ensina que o boteco está ali há anos, mas recebeu um banho de loja em 2014 -- mais um ponto para meu faro para encontrar bons botecos.

Mas só isso. Quase ninguém conhece o lugar: o que é uma qualidade para quem valoriza

um boteco sem pressa e sem gente chata que só quer aparecer.

Sorri. Pedi um pedaço do pudim de leite condensado da vitrine, que estava piscando para mim desde que entrei no bar.

Comi com calma, pensando que tenho de voltar ali qualquer dia destes.