Marketing de boteco
Começa a partir deste final de semana o Boteco Bohemia, um concurso para escolher o melhor petisco entre 31 bares paulistanos -- nunca o melhor da cidade, como prefere a organização.
Patrocinado por uma marca de cerveja, o festival impõe regras que deixam de fora da disputa alguns dos grande botecos da cidade. Casos do Bar do Giba, do Original, do Bar Leo, do Jabuti, do São Cristovão, só para citar alguns. É uma pena que questões de marketing interfiram diretamente na escolha dos lugares que serão avaliados pelo público e por especialistas em gastronomia.
Os organizadores têm o mérito, contudo, de selecionar endereços pouco prestigiados nos roteiros de jornais e revistas, como os inusitados Mocotó e Bar do Biu.
Os vencedores serão revelados em um evento no final do mês, quando serão servidos as 31 comidinhas concorrentes.
Cultura de boteco. Histórias, notícias e bobagens do mais democrático dos espaços gastronômicos
30 de setembro de 2005
29 de setembro de 2005
28 de setembro de 2005
Livro de dar água na boa
Um dos bares mais queridos de São Paulo, o Frangó (Largo da Matriz de Nossa Senhora do Ó, 168, Freguesia do Ó) ganhou um livro recheado de fotos e histórias como presente pelos seus 18 anos.
Não, imitões, o texto de FrangÓ - um boteco de alma própria não revela receita da afamada coxinha de frango com catupiry, uma das especialidades do lugar. Só para dar um gostinho, um mosaico de fotos mostra a curiosa montagem do salgadinho, em que os fiapos de frango e o catupiry são colocados lado a lado.
Apareça por lá para comprar o livro e aproveite para saborear uma coxinha das grandes ao lado de uma das quase 150 marcas de cerveja do cardápio.
Um dos bares mais queridos de São Paulo, o Frangó (Largo da Matriz de Nossa Senhora do Ó, 168, Freguesia do Ó) ganhou um livro recheado de fotos e histórias como presente pelos seus 18 anos.
Não, imitões, o texto de FrangÓ - um boteco de alma própria não revela receita da afamada coxinha de frango com catupiry, uma das especialidades do lugar. Só para dar um gostinho, um mosaico de fotos mostra a curiosa montagem do salgadinho, em que os fiapos de frango e o catupiry são colocados lado a lado.
Apareça por lá para comprar o livro e aproveite para saborear uma coxinha das grandes ao lado de uma das quase 150 marcas de cerveja do cardápio.
26 de setembro de 2005
Bares Campeões
A Revista Veja São Paulo publicou neste final de semana sua edição especial com os melhores bares da capital paulista. Os dois destaques principais foram o Bar do Giba, eleito pela primeira vez o melhor boteco da cidade, e o simpático Souza, alma do Veloso, escolhido por especialistas o barman do ano.
Confira a relação completa dos premiados em cada categoria:
Boteco: Bar do Giba
Chope: Original
Fim de noite: Filial
Happy hour: Salve Jorge
Bar de hotel: Skye
Música ao vivo: Bourbon Street
Para dançar: Na Mata Café
Para ir a dois: The View
Paquera: Asia 70
Pub: Kia Ora
Barman: Souza (Veloso)
A Revista Veja São Paulo publicou neste final de semana sua edição especial com os melhores bares da capital paulista. Os dois destaques principais foram o Bar do Giba, eleito pela primeira vez o melhor boteco da cidade, e o simpático Souza, alma do Veloso, escolhido por especialistas o barman do ano.
Confira a relação completa dos premiados em cada categoria:
Boteco: Bar do Giba
Chope: Original
Fim de noite: Filial
Happy hour: Salve Jorge
Bar de hotel: Skye
Música ao vivo: Bourbon Street
Para dançar: Na Mata Café
Para ir a dois: The View
Paquera: Asia 70
Pub: Kia Ora
Barman: Souza (Veloso)
12 de setembro de 2005
O nascimento de um boteco
Faz menos de dois anos que o experiente açougueiro Toninho Poloni instalou uma pequena churrasqueira portátil em frente de seu estabelecimento, em Perdizes, bairro da Zona Oeste de São Paulo, a Casa de Carnes Florença (Rua Coronel Mello, 160, 3862-8226).
A intenção era apenas levantar um dinheirinho extra com a venda de espetinhos preparados na hora. Só que o cheirinho de grelhados atraiu rapidamente uma numerosa clientela para o açougue. Do improviso, surgiu um animado boteco.
Hoje, dezoito variedades são assadas em uma churrasqueira de alvenaria, equipada de um exaustor. Dois minúsculos banheiros ocupam o que era uma câmara frigorífica. Composto por famílias inteiras e jovens modernos, o público parece curtir o clima de festa no fundo de quintal que o lugar proporciona.
As mesas de latão e plástico, por exemplo, ficam muito próximas uma das outras e balançam sobre a calçada. Demorado, o serviço está longe de ser perfeito. O desconforto é compensado pela qualidade do churrasquinho, preparado de maneira quase artesanal.
Os campeões de preferência são o de alcatra, coraçãozinho de frango e o misto (salsicha, bacon e lombo). Para quem estiver interessado, o Toninho também vende seus espetinhos crus para viagem.
Faz menos de dois anos que o experiente açougueiro Toninho Poloni instalou uma pequena churrasqueira portátil em frente de seu estabelecimento, em Perdizes, bairro da Zona Oeste de São Paulo, a Casa de Carnes Florença (Rua Coronel Mello, 160, 3862-8226).
A intenção era apenas levantar um dinheirinho extra com a venda de espetinhos preparados na hora. Só que o cheirinho de grelhados atraiu rapidamente uma numerosa clientela para o açougue. Do improviso, surgiu um animado boteco.
Hoje, dezoito variedades são assadas em uma churrasqueira de alvenaria, equipada de um exaustor. Dois minúsculos banheiros ocupam o que era uma câmara frigorífica. Composto por famílias inteiras e jovens modernos, o público parece curtir o clima de festa no fundo de quintal que o lugar proporciona.
As mesas de latão e plástico, por exemplo, ficam muito próximas uma das outras e balançam sobre a calçada. Demorado, o serviço está longe de ser perfeito. O desconforto é compensado pela qualidade do churrasquinho, preparado de maneira quase artesanal.
Os campeões de preferência são o de alcatra, coraçãozinho de frango e o misto (salsicha, bacon e lombo). Para quem estiver interessado, o Toninho também vende seus espetinhos crus para viagem.
9 de setembro de 2005
Recordar para Beber
O pôster acima foi importante ferramenta de marketing de uma das cervejas mais tradicionais da Itália, a birra Moretti, fabricada desde 1859.
A imagem tem história curiosa: em 1942, o então dirigente da empresa, o comendador Leo Menazzi Moretti, viu um elegante senhor de longos bigodes bebendo uma Moretti em uma das mesas do restaurante Boschetti, em Udine. Achou que aquela cena representava a tradição e a autenticidade de seu produto e pediu para tirar uma fotografia. "O que você quer como recompensa por permitir a foto", perguntou o comendador?". "Apenas mais uma cerveja é suficiente para mim", respondeu o cavalheiro.
Anos mais tarde, depois do fim da guerra, ele enviou a foto em preto-e-branco para um conhecido designer de cartazes da época para colorir a imagem. O resultado é este belo cartaz, que foi distribuído por seus pontos de venda e, redesenhado, se tornou rótulo das garrafas e latas.
O pôster acima foi importante ferramenta de marketing de uma das cervejas mais tradicionais da Itália, a birra Moretti, fabricada desde 1859.
A imagem tem história curiosa: em 1942, o então dirigente da empresa, o comendador Leo Menazzi Moretti, viu um elegante senhor de longos bigodes bebendo uma Moretti em uma das mesas do restaurante Boschetti, em Udine. Achou que aquela cena representava a tradição e a autenticidade de seu produto e pediu para tirar uma fotografia. "O que você quer como recompensa por permitir a foto", perguntou o comendador?". "Apenas mais uma cerveja é suficiente para mim", respondeu o cavalheiro.
Anos mais tarde, depois do fim da guerra, ele enviou a foto em preto-e-branco para um conhecido designer de cartazes da época para colorir a imagem. O resultado é este belo cartaz, que foi distribuído por seus pontos de venda e, redesenhado, se tornou rótulo das garrafas e latas.
8 de setembro de 2005
Som de primeira, galera bacana e algumas comidinhas
Quem foge da estética certinha das baladas da moda precisa conhecer o Berlin (Rua Cônego Vicente Miguel Marino, 85, Bom Retiro, 3392-4594), novo ponto de encontro de modernos e descolados em São Paulo.
Para começo de conversa, o bar fica no Bom Retiro, bairro totalmente fora da cena noturna paulistana. O local abre apenas às terças, quintas e sextas com uma programação musical que combina rock de garagem, new wave e nu-jazz. Eventualemte rolam shows de bandas alternativas.
O visual retrô chama a atenção do público, uma galera que cultua piercings e roupas compradas em brechós.. Repare na foto acima: O balcão é de fórmica e os desenhos ao fundo são feitos em papel de parede.
Não há garçons. As cervejas em garrafa grande e os drinques precisam ser pedidos no único balcão da casa, geralmente congestionado.
Comidinhas com cara boa. Atenção especial para as burekas, massa folhada em forma de rosquinha de origem judaica com recheios salgados e doces. A de berinjela e carne foi aprovada com louvor.
Quem foge da estética certinha das baladas da moda precisa conhecer o Berlin (Rua Cônego Vicente Miguel Marino, 85, Bom Retiro, 3392-4594), novo ponto de encontro de modernos e descolados em São Paulo.
Para começo de conversa, o bar fica no Bom Retiro, bairro totalmente fora da cena noturna paulistana. O local abre apenas às terças, quintas e sextas com uma programação musical que combina rock de garagem, new wave e nu-jazz. Eventualemte rolam shows de bandas alternativas.
O visual retrô chama a atenção do público, uma galera que cultua piercings e roupas compradas em brechós.. Repare na foto acima: O balcão é de fórmica e os desenhos ao fundo são feitos em papel de parede.
Não há garçons. As cervejas em garrafa grande e os drinques precisam ser pedidos no único balcão da casa, geralmente congestionado.
Comidinhas com cara boa. Atenção especial para as burekas, massa folhada em forma de rosquinha de origem judaica com recheios salgados e doces. A de berinjela e carne foi aprovada com louvor.
5 de setembro de 2005
Pub bacana em Alphaville
Esqueça o clima de balada que predomina na maior parte dos pubs de São Paulo. Localizado em Alphaville, a 18 quilômetros da Capital, o The Black Horse (Alameda Tocantis, 350, 4208-5038) é para gente interessada em comer e beber bem. Nada de música alta nem de paqueras febris.
Seu grande trunfo está na grande variedade de chopes e cervejas. Tem quase todas as marcas importadas regularmente e as nacionais consideradas premium. A irlandesa Guinness, a alemã Erdinger, a inglesa Old Speckled Hen, a belga Duvel fazem parte da relação.
Experimente o queijo Blue Stilton, tão importante para os ingleses como o roquefort é para os franceses. Difícil de encontrar mesmo em casas sofisticadas, o produto faz parte da tábua de queijos e frios ao lado de presunto cru, pastrame, salame italiano, emmenthal e brie.
Outro grande charme do lugar está no balcão de madeira centenário do bar, que teria pertencido ao extinto Banco Comind. A peça mantém os gradis dos antigos guichês preservados. Pôsteres de cavalos campeões em grandes prêmios ingleses de turfe do século XIX completam a decoração.
Esqueça o clima de balada que predomina na maior parte dos pubs de São Paulo. Localizado em Alphaville, a 18 quilômetros da Capital, o The Black Horse (Alameda Tocantis, 350, 4208-5038) é para gente interessada em comer e beber bem. Nada de música alta nem de paqueras febris.
Seu grande trunfo está na grande variedade de chopes e cervejas. Tem quase todas as marcas importadas regularmente e as nacionais consideradas premium. A irlandesa Guinness, a alemã Erdinger, a inglesa Old Speckled Hen, a belga Duvel fazem parte da relação.
Experimente o queijo Blue Stilton, tão importante para os ingleses como o roquefort é para os franceses. Difícil de encontrar mesmo em casas sofisticadas, o produto faz parte da tábua de queijos e frios ao lado de presunto cru, pastrame, salame italiano, emmenthal e brie.
Outro grande charme do lugar está no balcão de madeira centenário do bar, que teria pertencido ao extinto Banco Comind. A peça mantém os gradis dos antigos guichês preservados. Pôsteres de cavalos campeões em grandes prêmios ingleses de turfe do século XIX completam a decoração.
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