A pergunta no tom sarcástico de Adoniran Barbosa virou um bordão clássico da publicidade brasileira.
O verso ajudou a vender muita cerveja Antarctica no início dos anos 70 e, ainda hoje, é lembrada pela boêmia experimentada, especialmente daquela que lembra que a Brahma e a Antartica eram concorrentes de primeira grandeza.
Era tudo muito muito bem-humorado, sem mulher pelada e jogadores de futebol. Num dos filmes, a frase sai da boca de uma estátua antes de um orador começar um discurso. É bem bacana
Além da campanha publicitária, o próprio Adoniran compôs em 1972 a marcha Nóis viemos aqui prá quê?, inspirada no mote
Tanto a canção como o filme na TV são ótimos. Abaixo estão os vídeos e as letras das composições.
Domingo fomos todos prestigiar
Uma festa no largo do Bixiga
Ia ser inaugurada a estáuta
Do famoso benemérito Ataliba
Cerveja Antarctica teve para todo mundo
E a raça toda de copo na mão
Se apreparou pra prestar atenção
No discurso do mestre Raimundo
Mas quando ele ia começar
A chimangada toda gelou
Porque em vez do Raimundo falar
Foi a estáuta quem falou:
Vocês vieram aqui pra bebê ou pra conversá?
Cerveja Antarctica, cerveja nossa
Nóis viemos aqui prá quê
Não me amole rapaz
Não me amole
Não me amole
Deixa de conversa mole
Agora não é hora de falá
Nóis viemos aqui
Prá beber ou prá conversá?
Quem gosta de discurso
É orador (é isso aí bixo)
Quem gosta de conversa
É camelô (falou psiu)
Agora não é hora de falá! (o home tá pagando, vamo aproveitá)
Nóis viemos aqui
Prá beber ou prá conversá?
(o que eu combinei foi o seguinte: nóis viemos aqui pra beber e não conversar)
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