1 de novembro de 2010

A preguiça no crepúsculo


Na quinta retrasada, eu estive em dois grandes bares na mesma noite: o Pirajá e o Genésio. Os dois servem um chope de primeiríssima qualidade, tem uma cozinha bem acima da média e um ambiente excelente. 


Eu e um grupo de amigos bebemos e comemos muito bem na jornada dupla. Só que fomos praticamente expulsos do salão com uma tática que não combina com um boteco que respeita de verdade os seus clientes.

Tanto em um como em outro, os garçons começaram a colocar as cadeiras sobre as mesas enquanto estávamos na ativa. A atitude, além de deselegante, é tão ruim como vender bebida falsificada ou passar a comprar ingrediente de pior qualidade.

O roteiro é velho conhecido de quem gosta de ficar até bem tarde nos bares. Primeiro, os garçons circulam pelas mesas para avisar que a cozinha vai fechar. Certíssimo. Em seguida, vem o aviso de desligamento da chopeira. Justo. A conta chega em seguida, mesmo sem ter sido pedida. OK, com ressalvas.

A partir daí, os garçons não podem ter pressa. Tem de esperar os clientes terminarem a conversa, tomarem a saideira, sem mexer uma agulha no salão. Muito menos levantar as cadeiras sobre a mesa, indicando que já é a hora de embora. 

Não pode! Tem de esperar o ritmo lento, preguiçoso do crepúsculo. Os bebumns já sabem que é hora de embora. Não tá escrito em nenhum lugar, mas ele sabe. Mas ninguém ali tá com pressa. O garçom tem de ficar esperto até todos se levantarem Se for o caso, o gerente tem de criar uma escala para um deles ficar até o último cliente.

Só para registrar que essa falha no serviço ocorre em dezenas dos lugares. Já tive caso de começarem a lavar o salão antes de molhar a goela pela útlima vez! Cito o Pirajá e o Genésio porque tá fresco na mente e são dois lugares na lista dos 20 melhores bares da cidade. 


Um comentário:

Leo disse...

Uma dica de boteco bom? Assim, com serviço ótimo e um ambiente bacana sem mencionar nas cervejas...

empório alto dos pinheiros, na mesma rua do pirajá logo atrás da igreja da cruz torta.

Vou lá religiosamente e nunca vi nada disso acontecer.