30 de novembro de 2007

Garoto propaganda

Quem disse que política não vende cerveja? Pelo menos duas marcas já utilizaram a imagem do presidente cubano, Fidel Castro, em propagandas na TV americana para tentar aumentar suas vendas:

- A Stroh's Light utilizou um discurso do camarada insular para mostrar sua versatilidade etílica.

- Com sede na Flórida, a cerveza La Tropical aproveitou a queda de Fidel durante uma cerimônia em 2004 para manisfestar um desejo da comunidade cubana exilada nos States. Curiosidade: A La Tropical se apresenta como a primeira cerveja cubana - foi criada em Havana em 1888. E faz questão de frisar no rótulo: in exile since 1960.

Veja os vídeos



27 de novembro de 2007

Bom para malária

Beber uma dose quinquina era um programa chique na Paris na primeira metade do século XX. O grande barato da bebidinha era incluir em sua composição uma erva com o mesmo princípio ativo do quinino, um remédio para a malária.

Naquele tempo, degustar um cálice das versões rouge ou blanc exigia um estilo de vida todo especial, como mostra a bela coleção de artes gráficas abaixo, produzida entre 1933 e 1935.

Criada em 1830, a quinquina St Raphaël (18º de teor alcoólico) segue à venda em dezenas de países do mundo, inclusive no Brasil, só que com o nome de aperitivo. Custa mais ou menos R$ 20 a garrafa de 750 mililitros.











19 de novembro de 2007

Quando surge o alviverde imponente



Os palmeirenses que freqüentam o Parque Antartica certamente já sabem da novidade: o Bar do Elias vai reabrir em 4 de dezembro, o time classificando-se ou não para a Libertadores de 2008. Originalmente localizada na Cayowaá, o boteco foi ponto de encontro dos palestrinos fanáticos durante boa parte nos anos 80 e 90. Quando o jogo era fora, suas poucas mesas eram a arquibancada.

Do cardápio enxuto daquele tempo, a grande pedida era o excelente carpaccio, sempre preparado na hora. Seu tempero combinava um molho com ervas italianas, alcaparras espanholas e parmesão ralado. As cervejinhas long neck eram trazidas à mesa em charmosos baldes de gelo.

Uma sociedade mal explicada com o técnico Vanderlei Luxemburgo no finalzinho dos anos 90 fez o lugar perder boa parte do chame. Agora, os herdeiros lançam mão da segunda tentativa de levar o Bar do Elias ao panteão dos grandes bares da cidade. Com uma fachada que traz referências ao bar original, a versão 2007 fica na Rua Caraíbas, 224, a duas quadras da Sociedade Esportiva.

16 de novembro de 2007

Quanto desperdício!



O que faz este maluco com um monte de copos do chope alemão Hofbräu, de Munique, em suas mãos? Garçom de um pub de Sydney, pelo menos é o que informa o UOL Tablóide, o camarada quer garantir um lugar no livro dos recordes como a pessoa que carrega o maior número de canecas cheias de breja por 40 metros.

Se quiser fazer o teste, a caneca utiliza no desafio pode ser comprada no site oficial da bier

13 de novembro de 2007

Um desconhecido vence o Boteco Bohemia



Todos os botequeiros paulistanos precisam programar um visita no Famoso Bar do Justo, em Santana. Mesmo se for apenas por curiosidade. O cinquentenário bar da Zona Norte venceu a categoria de melhor petisco da edição 2007 do Boteco Bohemia, com a sua cestinha de pernil. Talvez agora o barzinho ganhe espaço nos melhores roteiros de bares de São Paulo. A ver. Estive lá apenas uma vez, em 1997, 1998, no levantamento dos bares que seriam incluídos num guia de bares da Vejinha. Na ocasião, o bar não valeu menção. Prometo voltar e trazer detalhes para o blog.

A festa de premiação acontece no final de semana no Moinho Santo Antônio, com direito a shows de Beth Carvalho, Mariana Aydar, Mart'nália, Jair Rodrigues, Luciana Mello, entre outros.
O pódio, por assim dizer, foi completado pelo ótimo Academia da Gula, na Vila Mariana, e seu escondidinho de bacalhau, e o Amigo Gianotti, do Bixiga, que ganhou com seu bolinho de calabresa curada com ricota e empanado no cabelinho de anjo.

11 de novembro de 2007

Botecos para gastrônomos

A revista da Prazeres da Mesa fez um interessante levantamento para descobrir os melhores bares do Brasil. Convidou 32 botequeiros (o blogueiro aqui teve a honra de estar entre eles) para indicar os dez bares mais bacanas em sua opinião. Valia de tudo, de pé-sujo histórico a chiquérrimos bares de hotel. O resultado é uma reportagem de vinte páginas na edição de outubro.

Ali, estão 33 ótimas dicas para beber um chope e comer uma coisinha gostosa - tem muito mais boteco do que bar chique, para a alegria do blog. O primeiro lugar coube ao Astor, bar presta uma justa homenagem à boemia. São Paulo é o endereço de 16 deles (cabe aqui dizer que mais de um terço dos jurados são da capital paulista). A segunda cidada mais citada é o Rio de Janeiro, com 8 lugares. Também estão no guia da publicação especializada em gastronomia Belo Horizonte (com 3 estabelecimentos), Recife (2), Curitiba (1), Campinas-SP (1), Campos do Jordão-SP (1) e Florianópolis (1).

A edição traz também receitas de um tira-gosto da maior parte dos botecos listados. Aprenda, por exemplo, a preparar o Escondidinho de carne-seca com aipim, do paulistano A Lapinha; a língua de boi ao molho, do Bar do Careca, de BH, e o bolinho de bacalhau do carioquíssimo Bar do Serafim.

Se tiver pressa, tem de comprar. A revista costuma colocar parte das reportagens em seu site apenas de dois a três meses após a publicação.

1 de novembro de 2007

Vinho e jazz



Uma dica dos amigos Cris e Silvia, que foram conhecer um barzinho dos mais bacanas e fizeram questão de dividir a experiência com o nosso blog. E eles garantem que não são amigos do dono. Aí vai.

São Paulo é invejada por muitos pelas suas opções de lazer. No entanto, para paulistanos como eu e meu marido, esse lazer deve vir acompanhado de alguns detalhes que sempre limitam nossas opções: locais muito lotados ou onde seu carro e sua aparência são mais valorizados do que sua capacidade de pagar a conta e sair sobre as duas pernas depois de beber estão automaticamente fora.

Gostamos de música, mas não muito alta. Gostamos de boas bebidas, mas não queremos ser extorquidos por termos aprendido a beber coisas diferentes.
Gostamos de locais bem decorados, mas que não pareçam catálogo de loja americana.

Chatinhos, não? Bem menos do que você imagina. E para gente como a gente existem algumas boas opções na cidade. A mais nova nós tivemos a chance de conhecer na sexta-feira, 26 de outubro. É a noite de Jazz e Vinho da Enoteca SaintVinSaint, na rua Prof.Atílio Innocenti, 811.

O espaço é bem decorado, com forte sotaque da comédia Dell´Arte italiana, mas sem ficar caricato. As mesas estão distribuídas entre as altas estantes que abrigam os vinhos - a casa é originalmente uma importadora de vinhos - e por conta disso a bebida obrigatória é óbvia. As opções, nacionais e importadas, não deixarão ninguém decepcionado nem no preço e nem na qualidade. Os petiscos servem de acompanhamento para os vinhos e não como refeição, mas a delicadeza de oferecer opções de azeites para acompanhar o pão italiano faz diferença.

A música completa esse retrato. O trio Banzo Jazz executa clássicos com competência enquanto bebericam uma taça de vinho. Se não souber o que beber, peça uma dica para a proprietária, Lis Cereja, uma nutricionista que trocou de ramo por amor a integração de tudo o que é bom e belo. Ela parece estar no lugar certo.


A noite Jazz e Vinho acontece todas às sexta-feiras. A banda começa a tocar depois das 9 da noite. O couvert custa R$10 e a casa serve várias opções de vinhos em taças e também suco de uva.