15 de agosto de 2013

As (futuras) cervejas de Harry Potter


Apaixonada por cerveja e por Harry Potter, a artista plástica americana Anita Brown resolveu criar, só por diversão, uma série de rótulos inspiradas na saga criada por J.K. Rowling.

Os desenhos (confira abaixo) têm referência a cada um dos sete livros, observa Raquel Carneiro, autora do blog Já Assisitu? e fã do personagem.

No primeiro deles, diz, a pedrinha no fundo do copo faz uma alusão à pedra filosofal. A cobra do rótulo 2 é a que protege a câmara secreta. A plaquinha 390 em frente ao copo da ilustração amarelada é uma referência a Sirius Black, o prisioneiro de Azkaban do terceiro livro da coleção.

E assim por diante até o derradeiro rótulo, homenagem a ‘Harry Potter e as Relíquias da Morte’, o fim da aventura. As ilustrações representam os três objetos que, juntos, transformam qualquer um no senhor da morte: a varinha das varinhas, a capa da invisibilidade e a pedra da ressurreição.

Anita promete, um dia, criar em sua própria casa uma cerveja que se encaixe perfeitamente a cada um dos rótulos - stout, pilsen, porter... Ainda bem que ela não planejou reproduzir a cerveja amanteigada que o povo do livro toma a torto e a direito.








14 de agosto de 2013

Após 839 tentativas, surge o Bailey's chocolate belga


Uma espécie de ultramaratona etílica foi percorrida para a criação de uma nova versão do licor de uísque irlandês Bailey’s: a Chocolat Luxe.

Anthony Wilson, filho do criador da marca, passou três anos em busca da combinação ideal da cremosa bebida e o doce do cacau.

Ao todo, foram 839 tentativas frustradas antes de encontrar a textura e sabor ideais que cumprisse o ousado objetivo de reproduzir a sensação de beber o melhor chocolate derretido de todos os tempos.

A receita leva trinta gramas de chocolate belga a cada garrafa de 500 mililitros. A mistura fez com que o teor alcoólico fosse reduzido de 17º para 15,7º.

Por enquanto, o aperitivo está à venda apenas na tradicional loja britânica Harvey Nichols, fundada em 1831. Custa quase 17 libras (por volta de 62 reais). A Diageo, dona da marca, promete ampliar a comercialização para a Europa em outubro.


13 de agosto de 2013

Chupitos, drinques feitos em copinhos de pinga


O recém-inaugurado bee. w bar resolveu investir em um tipo de drinque muito comum na Espanha, mas raríssimos em bares brasileiros: os chupitos.

São receitas preparadas naqueles copinhos de pinga, de 50 mililitros. O cardápio traz 36 variedades, servidas sempre geladinhas. Custam de 5 a 15 reais cada.

É uma brincadeira colorida. O melhor dos seis que experimentei, e que tem o nome do bar, é amarelado. Traz cachaça com mel, limão cravo e limão tahiti. Laranjinha, o julep mistura gim, Aperol, citrus e hortelã e também é bem gostoso.

O apple jack é vermelho e tem uma combinação, digamos, desafiadora: uísque, xarope de maçã e suco de cranberry. Se preferir verde, aposte no não menos inusitado green grass, que leva saquê,  licor de melão e suco de limão.

A carta também inclui versões clássicas em copinhos de uma dose. Tem o mini-cosmopolitan, o mini-manhattan, o mini-bloody mary , o mini-tequila sunrise e o mini-black russian.

O bar, anexo do hostel bee. w, mantém um ranking dos maiores bebedores do chupitos em apenas uma noite - – e não se engane pelo tamanho, pois em quase todos os quase são 50 mililitros só de álcool, sem água nem gelo.

A cada dez drinques, o bebedor ganha um copinho de shot com o logo do bar. Se colocar vinte para dentro, o prêmio é uma sandália Havaianas. O campeão do ano ganha um final de hospedagem no hostel. O mais-mais até o momento é um manauara de estômago forte, capaz de consumir 42 chupitos em uma noitada.

A sorte dele é que ele estava hospedado em um dos sete quartos temáticos do bem-equipado albergue, inaugurado em maio.

Duas dicas para garantir o lado do estômago: um cremoso bolinho de mortadela e os sensacionais quadradinhos de tapioca, que chegam à mesa com mel e geleia de pimenta.

O bar, instalado em uma agradável varanda, fica em São Paulo, pertinho da Paulista, na Haddock Lobo, 167.

9 de agosto de 2013

Trilegal: o Anulador de Celular da cervejaria Polar


A cervejaria gaúcha Polar resolveu dificultar a vida de quem vai para o bar e fica o tempo todo teclando no WhatsApp, fazendo comentários no Facebook, olhando o Twitter...

Eles apresentaram nesta semana o que chamam de Anulador de Celular. O dispositivo é simples. A partir do momento em que a garrafa de cerveja entra no isopor (ou cervejela, no dialeto sulino que apelida a loirinha de ceva), a conexão de todos os aparelhos da mesa é bloqueada. Quem quiser fofocar enquanto boteca terá de ir para a calçada.

“A ideia é fazer o consumidor se desconectar do mundo – mesmo que seja por alguns minutos – em prol de boas companhias, um bom papo e uma cerveja gelada”, diz a gerente de comunicação da marca.

Pena que a cerveja, uma das marcas da Ambev, só seja distribuída no Rio Grande do Sul.

Confira o vídeo:

7 de agosto de 2013

A ampliação (e o ocaso) do Bar Leo


As fotos abaixo são da obra de ampliação do bar mais icônico de São Paulo: o Bar Leo. Elas foram tiradas pelo jornalista Danilo Valentini, do blog Vou Andar, com autorização de um garçom.

A choperia vai pelo menos dobrar de tamanho. O atual proprietário, o mesmo do Bar Brahma, está reformando o imóvel vizinho na Aurora. Pistas da decoração estão no site do boteco. Uma promoção pede a doação de canecas de chope com uma história relevante. O prêmio é ter o nome nas paredes do bar e um ano de Brahma grátis. A previsão é que tudo esteja pronto em setembro.

Está em estudo, informa o garçom, até prolongar o horário do bar, que hoje ainda fecha às 20h30. A ampliação do cardápio também está na agenda - os ótimos canapés devem ser mantidos. O projeto de renovação visa aproveitar os milhares de alunos da recém-inaugurada Fatec, praticamente colado ao local.

Embora possa ser visto como progresso lógico, são sinais do ocaso definitivo do boteco decano da cidade, aberto em 1940 e inspiração para dezenas de outros lugares.

Seu declínio começou com a morte do antigo proprietário, Hermes Rosa, em 2003, e foi escancarado no ano passado com a revelação que, por dois meses, o estabelecimento vendeu chope Ashby (mais barato e de qualidade inferior) no lugar do tradicional Brahma. Para piorar, foram encontrados alimentos vencidos e malconservados na cozinha, o que levou ao seu fechamento pela vigilância sanitária – leia o caso completo nesta reportagem da Vejinha. 

O panorama desolador praticamente forçou a venda do bar para Alvaro Aoas, um nome ligado ao cenário boêmio na região central há quase 25 anos, quando o empresário montou o ótimo São Paulo Antigo no Largo de Santa Cecília. Em um cenário parecido, ele adquiriu e comandou a virada do Bar Brahma.

A casa da Ipiranga com a São João virou um sucesso de público com seus shows populares, mas eliminou a maioria dos vestígios dos seus tempos áureos – seu anexo, o Brahminha, está totalmente descuidado. Simplesmente deixou de ser um lugar legal para beber um bom chope e respirar ares de uma São Paulo que ficou para trás.

Tomara que o Leo tenha melhor sorte e não vire um bar qualquer.



5 de agosto de 2013

A cerveja do Mussum: "Meu negócio é biritão"


O filho do saudoso Mussum resolveu capitalizar em cima do personagem do pai. Com ajuda de outros empreendedores, Sandro Gomes vai lançar em 19 de agosto uma cerveja artesanal chamada Biritis, a maneira como o clássico personagem de Os Trapalhões chamava qualquer mé, da pinga ao uísque. "Meu negócio é biritão", dizia.

A cerveja, tipo Vienna Lager, será vendida em garrafas de 600 mililitros. A intenção é produzir 50.000 litros de bebida até o final do primeiro semestre de funcionamento.

O nome da cervejaria o é outra homenagem ao humorista: Brassaria Ampolis, uma referência às ‘ampolas’ que Mussum bebia em quase todo dominical infantil, em um tempo em que a militância politicamente correta quase não existia.

Uma piada clássica é a que ele pergunta ao balconista: Você tem leite de ganso manso? Tem leite de camelo? Leite de perereca? Depois de uma série de ‘nãos’, ele emenda ‘então me manda uma cachaça mesmo’. E vira para a câmera: ‘Bem que eu tentei tomar leite...’

Confira abaixo dois vídeos com a mesma anedota; um terceiro em que ele bebe seis doses de uísque no mesmo esquete e outro em que ele acerta, de olhos tapados, qual a 'biritis' certa.




2 de agosto de 2013

Nigella Lawson, MUITO boa de copo


Martini de Chocolate

Eu não tenho a menor dúvida: além de craque em comidinhas, a apresentadora de TV Nigella Lawson é boa de copo.

Em apenas quatro páginas de seu livro lançado recentemente no Brasil, ela ensina a fazer dezesseis coquetéis. Duas características comuns a maioria deles são as combinações pouco usuais e os nomes espirituosos.

A inglesa prova que não é fraca ao sugerir para um brunch de domingo o veludo negro. O drinque combina 750 mililitros de espumante doce Asti e 750 mililitros de cerveja Guinness.

Imagine, então, para finalizar o jantar, o baby guinness, um shot de licor de café (Tia Maria ou Kahlúa) com uma leve camada de licor irlandês Baileys.

Outro coquetel para quem tem fígado resistente é o lagarita. Combina uma logn neck de cerveja pilsen bem gelada, uma dose de tequila, uma de Cointreau, xarope de limão e limão espremido.

Também na linha mexicana, Nigella inventou o blood maria, uma versão do blood mary com tequila, suco de tomate, uma dose de xerez, suco de limão e uma colher de chá de tabasco.

E por aí vai. Tem o petúnia (espumante seco, Cointreau e suco de toranja rosa), o prosecco sporco (prosecco com Campari), o margarita rosa (tequila, suco de limão e xarope de açúcar), o martini de chocolate (vodca, vermute e creme de cacau transparente)...

Moral da história: a Nigella tem combustível de sobra se quiser afogar as mágoas de sua recém anunciada separação com uma bebedeira.